No segundo trimestre de 2024, os dividendos globais registraram um novo recorde e atingiram US$ 606,1 bilhões, com um crescimento subjacente de 8,2%.
As companhias de mercados emergentes tiveram US$ 42,4 bilhões, alta de 18% na base subjacente, com destaque para Brasil, Colômbia e Tailândia.
O cenário foi amplamente impulsionado pelas empresas de mercados emergentes, bancos e grandes corporações dos Estados Unidos, como a Meta e a Alphabet, que começaram a distribuir dividendos pela primeira vez.
Crescimento global e mercados emergentes em destaque
De acordo com o relatório Janus Henderson Global Dividend Index, os mercados emergentes registraram um aumento expressivo de 18,4% em seus dividendos.
O Brasil e a Colômbia lideraram esse crescimento, beneficiados principalmente do setor petrolífero.
“Em todo o mundo, as economias, de modo geral, suportaram bem o ônus das taxas de juros mais altas. A inflação desacelerou, enquanto o crescimento econômico foi melhor do que o esperado.”, afirmou Jane Shoemake, gerente de portfólio na Janus Henderson.
A fraqueza do iene japonês e a volatilidade cambial impactaram negativamente o crescimento global, que foi de 5,8% em termos nominais.
Ainda assim, o panorama geral permaneceu positivo, com 92% das empresas que mantiveram ou aumentaram seus dividendos.
Europa e bancos contribuem para recordes
Na Europa, o total de dividendos chegou a US$ 204,6 bilhões – um recorde histórico e um crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior.
Mais da metade desse crescimento foi impulsionado por bancos, que se beneficiaram das taxas de juros elevadas.
“Esse cenário benigno tem sido especialmente positivo para o setor bancário, que está desfrutando de margens sólidas e redução limitada de crédito, o que aumentou os lucros e gerou muita caixa para dividendos”, destacou Shoemake.
Previsão para 2024
Com base nos resultados do segundo trimestre, a Janus Henderson revisou sua previsão para 2024 e estima que os dividendos globais chegarão a US$ 1,74 trilhão, um aumento de 6,4% em base subjacente.
Esse crescimento é reflexo não apenas da resiliência das empresas globais em meio às altas taxas de juros e à desaceleração da inflação, mas também da maturidade de setores como tecnologia e mídia, que passaram a pagar dividendos.
“O início dos dividendos das grandes empresas de tecnologia e mídia dos EUA, Meta e Alphabet, juntamente com a chinesa Alibaba, entre outras, é um sinal realmente positivo que impulsionará o crescimento dos dividendos globais em 1,1 ponto percentual este ano”, concluiu Shoemake.
As informações são de Sherlock Communications.