Por José de Castro, da Reuters – Uma venda generalizada de ativos brasileiros dominou o mercado doméstico nesta quarta-feira (8) e cobrou seu preço na taxa de câmbio, com o dólar experimentando a maior alta em 15 meses e indo acima de 5,30 reais, conforme investidores estrangeiros e locais se desfizeram de posições em meio a temores de acirramento da crise institucional doméstica e de seus potenciais desdobramentos sobre as contas públicas e o crescimento econômico.
O dólar à vista saltou 2,84% no fechamento, para 5,3236 reais. É a maior valorização percentual diária desde 24 de junho de 2020 (+3,33%). O patamar é o mais alto desde o último dia 23 (5,3823 reais).
O real teve, de longe, o pior desempenho entre as principais moedas globais nesta sessão.
Entre outros mercados domésticos, os juros futuros de longo prazo –que medem o custo do dinheiro para investimentos empresariais– chegaram ao fim da tarde em disparada de 27 pontos-base, e o principal índice das ações brasileiras tombou 3,75% (dados preliminares), maior queda desde 8 de março deste ano.