Num dia de ajustes no mercado interno, o real descolou-se das principais moedas e desvalorizou-se nesta quinta-feira (1º). A bolsa de valores caiu pelo segundo dia seguido, após subir 6% em março.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,715, com alta de R$ 0,087 (+1,54%). A cotação operou em alta durante praticamente todo o dia, encerrando próxima dos níveis máximos da sessão. Ontem (31), a divisa tinha registrado a maior queda diária em três semanas e fechado em R$ 5,629.
No mercado de ações, a bolsa sofreu um dia de ajustes. O índice Ibovespa, da B3, encerrou a quinta-feira aos 115.253 pontos, com recuo de 1,18%. O indicador chegou a abrir em alta, mas reverteu o movimento e passou a cair ainda nos primeiros minutos de negociação.
O mercado doméstico dissociou-se dos mercados internacionais nesta quinta-feira. Enquanto as bolsas norte-americanas subiram, com o índice S&P 500 voltando a registrar recorde, o dia foi marcado pelas tensões. O dólar caiu perante as principais moedas internacionais, mas subiu diante do real.
As discussões em torno do Orçamento Geral da União de 2021 influenciaram o mercado. Hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu o veto parcial ao texto aprovado pelo Congresso para evitar brechas que violem o teto federal de gastos ou que possam ser questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O mercado financeiro repercutiu a queda de 0,7% em fevereiro, interrompendo uma sequência de nove meses de alta. O recuo na produção pode indicar que a economia começa a sentir os efeitos do agravamento da pandemia de covid-19.
*Com informações da Reuters