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Drex deve ter aceitação tão rápida quanto Pix, diz especialista

Moeda digital, que estará disponível por meio de carteiras virtuais oferecidas por instituições financeiras, visa modernizar as operações

Drex, a moeda digital brasileira - Divulgação: Banco Central do Brasil (BCB)
Drex, a moeda digital brasileira - Divulgação: Banco Central do Brasil (BCB)

O Banco Central do Brasil anunciou oficialmente o nome da primeira moeda digital do país: Drex. A designação do termo "Drex" deriva da abreviação da expressão "digital real exchange", representando uma inovação no mercado financeiro brasileiro.

A moeda digital, prevista para chegar ao consumidor no fim de 2024, estará disponível por meio de carteiras virtuais e sua aceitação deve ser tão rápida quanto o sistema de pagamentos instantâneo Pix, que acaba de bater novo recorde, superando a marca de 140 milhões de transações em 24 horas.

A opinião é do especialista em tecnologia para mercado financeiro, Luiz Fernando Maluf, diretor de Banking, Financial Services & Insurance (BFSI) da dataRain, empresa brasileira 100% orientada à computação em nuvem, e o mais certificado parceiro da Amazon Web Services (AWS) na América Latina.

“Esta é uma tendência cada vez mais forte. Podemos dizer que o Brasil vive uma nova fase de digitalização financeira e o brasileiro está cada vez mais habituado a realizar transações imediatas e sem pagar taxas por isso. Além disso, outro indicador é o registro de queda vertiginosa do uso de papel-moeda. Hoje, este tipo de operação representa menos de 3% de todas as realizadas no País”, ressalta.

Maluf esclarece que o Drex não é uma criptomoeda, mas uma moeda soberana digital, com valor fixo equivalente ao papel-moeda, não apresentando variação conforme a demanda do mercado.

Desta forma, o cliente (pessoa física ou empresa) deverá depositar em reais a quantia desejada numa carteira virtual, que converterá a moeda física em Drex, na taxa de R$ 1 para 1 Drex.  

Após a tokenização (conversão de ativo real em ativo digital), o cliente poderá transferir a moeda digital, por meio da tecnologia blockchain. Caberá ao receptor converter os Drex em reais e fazer a retirada.

“Em termos de tecnologia, é um processo que requer a harmonização e padronização, pois são criadas CBDCs em diversos países ao redor do mundo. A China, por exemplo, é o país que reporta o maior avanço, com este tipo de moeda, já em uso em algumas províncias”, complementa.

Com a chegada da moeda digital, as transações financeiras registradas nos padrões internacionais também terão mudanças. Atualmente, a moeda soberana brasileira é referida pela simbologia BRL (a forma curta de Brazilian Real). Na forma digital passará a ser referida como Drex.

O especialista também ressalta que a tecnologia subjacente ao Drex é notável. A combinação de nuvem computacional e plataformas blockchain, como o Hyperledger, resultará em operações de liquidação com baixos custos e alta segurança, além de transações quase instantâneas.

“A velocidade das transações e o custo zero foram considerados fatores de sucesso para a ampla adoção do pix em todo o país. Portanto, podemos afirmar que a nova moeda digital deve repetir o feito, de forma rápida e segura”, finaliza.

As informações são de Conteúdo Empresarial.