BDRs

É hoje: BDRs passam a ser negociados por todos os investidores pessoa física na B3

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Começam a valer nesta quinta-feira (22) as novas regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para investimento em BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3, a bolsa brasileira. A partir de agora, todos os investidores terão acesso a empresas como Stone, XP, PagSeguro, Arco Educação e Afya — que, apesar de serem brasileiras, abriram capital em bolsas internacionais —e companhias estrangeiras.

Os BDRs são títulos que representam ações de companhias negociados na bolsa brasileira por empresas ou instituições financeiras. Os títulos de Nível 1, chamados de não patrocinados, antes estavam restritos a investidores qualificados; ou seja, indíviduos que possuem ao menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras.

Além disso, a partir da última segunda-feira (19) foram acrescentadas 671 novas opções de certificados na B3. São companhias asiáticas, europeias e africanas de diversos setores, como o farmacêutico, financeiro e mineração.

BDRs são uma boa opção?

Apesar de ser uma novidade para o investidor brasileiro, as BRDs podem não ser a melhor maneira de expor seus investimentos ao exterior, afirma Renato Breia, sócio da Nord Research. “Essa era uma notícia para ser comemorada se tivesse saído há uns 2, 3 anos”, escreveu em relatório divulgado em agosto, à época da divulgação das novas regras pela CVM.

Para o especialista, vale mais a pena abrir uma conta diretamente em uma corretora norte-americana. Algumas delas têm serviços de suporte em português e a liquidez dos mercados internacionais é maior — são cerca de 5 mil investidores em BDRs na B3. “[Nos Estados Unidos] existem mais de 4 mil empresas listadas e outros tantos milhares de ETFs disponíveis”, compara Breia.

O especialista também chama a atenção para o alto custo de se investir em BDRs mesmo no mercado fracionário. “Se você não tem o perfil de um investidor mais mãos à obra, então o melhor é seguir pelo caminho dos ETFs”, recomenda.