MEIs crédito

É MEI e está precisando de crédito? Entenda as opções disponíveis

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A crise trazida pela pandemia de coronavírus atingiu em cheio os MEIs (Microempreendedores Individuais), que tiveram que reinventar seus negócios rapidamente. Para isso, pode ser necessário contar com um crédito extra. 

“Os MEIs têm risco maior ao crédito, por isso é mais difícil obter empréstimos”, explica Felipe Chiconato, consultor do Sebrae-SP. Para mitigar essa situação, o especialista recomenda projetar o fluxo de caixa, mostrando o impacto do crédito tanto nas receitas quanto despesas da empresa. 

Os tipos de linha de crédito para essa categoria são dois: a de investimento e a de capital de giro. “Para as de investimento, é possível dar um bem como garantia e obter melhores taxas”, diz Chiconato. Já para a de capital de giro, os juros geralmente são maiores.

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Além das linhas de bancos privados, fintechs e cooperativas de crédito, o MEI conta com algumas linhas especiais, principalmente para investimento. “Pelo Banco do Povo Paulista, por exemplo, há disponibilidade de até R$ 21 mil, com juros de 0,35%”, lembra Chiconato. “Na Caixa, para capital de giro, há empréstimos de até R$ 12.500 para capital de giro, com taxas de 1,59%”. 

É importante ressaltar que a instituição financeira leva em conta a capacidade de pagamento, o que será feito com o dinheiro do empréstimo e o impacto da operação para o desenvolvimento do negócio, explica o consultor do Sebrae. “É importante se organizar também em relação ao tempo, já que a análise de crédito para MEIs costuma levar de 30 a 40 dias”, diz Felipe. 

Organização sempre

Além da dificuldade pela estrutura enxuta da empresa, Felipe Chiconato destaca que a falta de planejamento dificulta o acesso ao crédito dos MEIs. “Um empréstimo apenas vai te dar tempo”, explica. “Mas a origem do problema financeiro continua, algo está atrapalhando seu caixa”. 

Muitas vezes, o MEI mistura seu orçamento pessoal com o da empresa, o que atrapalha a organização do negócio. “Para comprar casa, por exemplo, é um crédito de pessoa física”, lembra o consultor. “A empresa fica envolvida se você comprovar renda pelo faturamento anual, mas você também pode fazer isso pela sua movimentação bancária”.