Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Apesar de ter reportado queda no lucro em seus resultados do terceiro trimestre, refletindo questões tributárias, o resultado operacional da Tim (SA:TIMS3), medido pelo Ebitda, mostrou reação pela flexibilização do isolamento social de combate à Covid-19. Assim, as ações da companhia operavam em alta no início da tarde.
Os papéis tinham alta de 3,44%, a R$ 12,04, às 13h04, tendo subido para R$ 12,10 na máxima e caído para R$ 11,77 na mínima do dia. O volume negociado é de R$ 26,76 milhões. O Ibovespa seguia na mesma direção, em alta de 1,88%, a 97.786 pontos.
Na avaliação do Safra, os resultados apresentados pela Tim foram bons, com Ebitda acima de sua expectativa devido à receita um pouco melhor. O banco acredita ainda que esses resultados, que sugerem que a empresa já está operando a níveis pré-pandemia, indicam uma boa tendência de receita e Ebitda para os próximos trimestres.
Com isso, o banco mantém perspectiva otimista para a empresa, com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 19.
Na análise do Safra, os pontos positivos da companhia são a oportunidade de consolidação de mercado e a possibilidade de novos movimentos através da venda de alguns players de infraestrutura e dos ativos da Oi (SA:OIBR3). Como principais riscos, por outro lado, o banco cita uma piora do ambiente competitivo e das condições macroeconômicas; e riscos regulatórios e tecnológicos.
O lucro de R$ 390 milhões da Tim foi 13% maior do que a previsão do Goldman Sachs, devido sobretudo a impostos menores do que o esperado. O banco tem preço-alvo de R$ 19 para a ação, assumindo que a performance pode ser pior do que a prevista em caso de piora condições macroeconômicas e de riscos de execução relacionados a iniciativas de eficiência de custo.
Balanço da Tim
A companhia anunciou na terça-feira (3) que seu lucro líquido “normalizado” de julho a setembro somou R$ 390 milhões, queda de 20,9% ano a ano. Em igual período de 2019, a TIM havia tido benefício fiscal devido ao pagamento de juro sobre o capital próprio.
O resultado operacional da empresa medido pelo Ebitda somou R$ 2,07 bilhões, alta de 0,8% ano a ano e quase em linha com as previsões de analistas ouvidos pela Refinitiv, de R$ 2,05 bilhões.
A Tim fechou setembro com base móvel de 51,16 milhões de clientes, queda de 6,2% em 12 meses, uma vez que seguiu “limpando a base”, ao se concentrar em clientes mais rentáveis.
No trimestre, a receita líquida da Tim cresceu 1,2%, para R$ 4,387 bilhões de reais.
Além de um rígido controle de despesas, a companhia também reduziu seu investimento (Capex) do período em 8%, para R$ 850 milhões, após reavaliação de projetos.
*Com participação da Reuters