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Eleições presidenciais na Argentina: dólar blue reage à vitória de Sergio Massa no 1º turno

Em outubro, às vésperas da votação, a moeda paralela disparou, chegando a 1000 pesos

Pesos argentinos - Flickr/Diego Torres Silvestre
Pesos argentinos - Flickr/Diego Torres Silvestre

No último domingo (22), no primeiro turno das eleições presidenciais argentinas, o candidato Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria, chegou em primeiro lugar, com 36,43% dos votos.

O candidato da extrema-direita Javier Milei, da coligação A Liberdade Avança, obteve 30,12% dos votos. Os oponentes seguirão para a disputa em segundo turno. 

A economia do país é parcialmente dolarizada e a cotação do dólar, principalmente o paralelo (conhecido como dólar blue), é um termômetro para avaliar a situação econômica. 

Por volta de 11:07 desta segunda-feira (23), o dólar blue era cotado a 880 pesos para compra e 900 pesos para venda.

Nos últimos meses, com a piora da crise econômica na Argentina, houve uma disparada do dólar. Logo após os resultados primários, o governo desvalorizou o peso e elevou o câmbio oficial em 22%. Assim, cada dólar passou a ser vendido por 365 pesos na cotação oficial. 

Em outubro, às vésperas das eleições presidenciais, a moeda paralela disparou, chegando a 1000 pesos. Nos últimos dias antes da votação, o dólar blue teve recuo, para 890 pesos, com argentinos reduzindo as negociações. 

 Cotação do dólar ‘blue’ na Argentina (7/6/23 a 19/10/23) 

Fonte: Investing.com

 

Dolarização da economia

Um dos ganchos da campanha do ultraliberal Javier Milei é dolarizar a economia do país e fechar o BCRA (Banco Central da Argentina). A vitória de Milei nas primárias em agosto e seu incentivo para que os eleitores se desvencilhassem de pesos argentinos mexeram com a cotação do dólar. No dia seguinte à vitória do ultraliberal nas primárias, o BCRA fixou uma taxa de câmbio em 350 pesos por dólar.  

(Com informações do Investing.com)