Nesta quarta-feira (14), a Reuters informou com exclusividade que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não venderá neste ano ações da Eletrobras (ELET3)(ELET6) que estão na sua carteira.
Após a privatização da Eletrobras, foi imposta uma cláusula de barreira (“lock-up”) para venda das ações, o que gerou expectativa de que o banco de fomento pudesse vender parte de suas ações na maior elétrica da América Latina.
Segundofontes, a ação foi abortada e definida. Representantes da instituição foram procurados, mas não se manifestaram sobre o assunto.
No início deste mês o jornal Valor informou que o BNDES avaliou a possibilidade de vender cerca de R$ 7 bilhões em ações da ex-estatal.
As vendas de participações do BNDES, que envolveram ações da própria Eletrobras, Vale (VALE3), JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), entre outras, ajudaram a impulsionar os lucros da instituição durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)
Dados coletados do banco, entre janeiro de 2019 e setembro deste ano, os desinvestimentos somaram R$ 88,5 bilhões, informou a agência. Cogita-se que, com a mudança na Presidência da República em 2023, o banco deixe de se desfazer de participações.
Nas gestões anteriores petistas, o portfólio do BNDES aumentou.
A piora no cenário econômico, segundo uma das fontes, também inviabilizou a realização da operação de venda dos papéis da Eletrobras.
“Quando se tem uma mudança macro grande, e foi o que ocorreu agora, tem que refazer boa parte do trabalho. O risco Brasil hoje está bem mais alto, os juros estão mais altos. Aí você tem que refazer e atualizar as análises internas”, explicou.
Nessa operação de “follow-on” da elétrica, foi determinado um “lock-up” de 180 dias para acionistas vendedores e com posição superior a 5%