A três dias do prazo final para o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar a Lei Orçamentária Anual, aprovada no fim do ano passado pelo Congresso, servidores federais de mais de 40 categorias irão às ruas nesta terça-feira (18), e paralisarão alguns órgãos federais, em protesto ao governo.
Com previsão inicial de R$ 1,7 bilhão para reajustes salariais no funcionalismo público, o orçamento deste ano não tem como contemplar aumentos para todas as classes.
No entanto, o Executivo fez questão de reservar tal verba com o intuito de contemplar parte de seu eleitorado – especificamente, policiais federais, agentes penitenciários e policiais rodoviários federais.
Nesse contexto, o Planalto observou, logo em seguida, pressão de várias outras categorias – servidores da Receita Federal, Banco Central, entre outros – por reajustes ainda em 2022.
Agora, Bolsonaro tem sido pressionado a recuar e não conceder aumento salarial a nenhuma categoria.
Os atos devem ocorrer em Brasília, às 10h, na frente do Banco Central, e às 14h, diante do Ministério da Economia.
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que organiza as manifestações, espera cerca de mil servidores presentes nos protestos e já ameaça convocar uma greve geral para o mês de fevereiro, caso as demandas por reajuste não sejam atendidas, ou atendidas apenas parcialmente.
Funcionários das autarquias, do Tesouro Nacional, professores, auditores fiscais agropecuários e entidades ligadas ao Legislativo e ao Judiciário também devem paralisar suas atividades como forma de protesto: enquanto alguns grupos pressionam por reajustes, outros cobram a regulamentação de bônus de produtividade e eficiência.
Com informações de Levante.