Desempenho

Embraer (EMBR3): preço elevado da subsidiária Eve traz dúvidas para o mercado, diz UBS

A Eve realizou uma fusão com a Zanite SPAC e, no último dia 10, começou a ter os seus papéis operados na Bolsa de Nova York (NYSE)

- Divulgação Eve
- Divulgação Eve

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Desde o início do ano, as ações da Embraer (NYSE:ERJ) (SA:EMBR3) já caíram quase 40%, assim como outros ativos do setor. Porém, para o UBS, o desmembramento da Eve, o braço da companhia focado em carros voadores, por um preço elevado é o que chama a atenção para a empresa.

A Eve realizou uma fusão com a Zanite SPAC e no dia 10, na semana passada, começou a ter os seus papéis operados na Bolsa de Nova York (NYSE). Desde então, a ação passou por bastante volatilidade, flutuando entre US$ 6 e US$ 12. 

Levando em conta os preços de fechamento de sexta-feira, 20, para Embraer e Eve, o valor de mercado das companhias era de US$ 1,9 bilhão e US$ 2,3 bilhões, respectivamente. 

Assim, de acordo com o UBS, como a Embraer é dona de 90% da Eve, se o investimento na subsidiária de carros voadores for retirado, o restante do negócios da fabricante de aviões tem muito pouco valor patrimonial, enquanto o EV/Ebitda implícito colocaria a empresa em apenas ~3,5x.

O UBS explica que boa parte das Warrants da Eve, instrumento financeiro que dá o direito de compra ou venda um determinado ativo, que ainda restam possuem lock-ups longos ou preços de exercício acima dos níveis atuais. Porém, ainda assim, pode haver mais pressão de warrants emitidos que são exercíveis e possivelmente ainda não foram exercidos. 

Atualmente há um lock-up de 30 dias, válido até 10 de junho, para algumas warrants, mas elas têm um preço de exercício de US$ 11,50.

O UBS mantém a recomendação de compra sobre as ADRs da Embraer, com preço-alvo de US$ 22.