Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 2 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. China contra-ataca tarifas de Trump
Pequim prometeu na sexta-feira retaliar se os EUA avançarem com tarifas extras sobre o restante das importações chinesas.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, disse que a China tomaria “as medidas necessárias”, embora não fornecesse detalhes sobre a resposta planejada.
A reação de Pequim vem depois do presidente Donald Trump dizer que colocaria uma tarifa de 10% sobre mais US$ 300 bilhões em mercadorias chinesas a partir de 1º de setembro.
O anúncio de Trump, que veio um dia depois dos negociadores americanos e chineses concluírem uma reunião em Xangai sem sinais significativos de progresso, o que marca o fim de uma trégua na guerra comercial ocorrida em junho e que pode atrapalhar ainda mais as cadeias de fornecimento globais.
2. Relatório de empregos em pauta
Espera-se que a economia americana produza menos empregos em julho do que no mês anterior, refletindo o desaquecimento da economia sob a influência de conflitos comerciais e o fim do estímulo fiscal que sustentou o crescimento em 2018.
O relatório que será divulgado às 9h30 deverá mostrar a criação de 164.000 empregos em Julho, com uma taxa de desemprego de 3,7%.
Alguns investidores estão preocupados de que um relatório mais forte possa dificultar a redução das taxas de juros pelo Federal Reserve, após comentários do presidente Jerome Powell no começo da semana, que expressaram ceticismo sobre a necessidade de um refresco na política monetária.
Os analistas comentaram que as leituras recentes do sentimento do consumidor eram sólidas, deixando algum risco ascendente para o consenso.
Também na agenda, os dados do comércio para junho serão divulgados ao mesmo tempo, enquanto as encomendas para as fábricas em junho e a revisão do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan para julho serão publicadas às 11h00.
3. Ações globais balançam com ameaças tarifárias, portos seguros sobem
A queda acentuada em Wall Street espalhou preocupação pelas bolsas globais com o aumento das tarifas americanas sobre os produtos chineses, afetando o apetite pelo risco e estimulou a demanda por ativos portos seguros.
Os mercados de ações na Ásia e na Europa estavam em liquidação enquanto os futuros dos EUA ampliaram as perdas de quinta-feira antes dos lucros das grandes petrolíferas e do relatório de empregos dos EUA.
O ouro saltou mais de 1% pairando por volta de US$ 1.450, moedas de porto seguro como o franco suíço estavam em alta em relação ao dólar, enquanto a demanda por títulos fez o rendimento de 10 anos do Tesouro americano cair para o menor nível desde 2016.
4. Exxon e Chevron divulgam resultados
As grandes empresas petrolíferas Exxon Mobil (NYSE:NYSE:XOM) e Chevron (NYSE:CVX) estarão no centro das atenções, uma vez que divulgam os resultados trimestrais antes do início do pregão.
Os resultados da Exxon provavelmente serão retidos pelo desempenho mais fraco em seu segmento de refino depois que a empresa sinalizou margens mais restritas em seus negócios químicos, uma tendência já evidente nos relatórios de empresas europeias, como a Royal Dutch Shell (LON:RDSa).
A Chevron (NYSE:CVX) divulgará seus primeiros números trimestrais desde que fracassou em sua tentativa de adquirir a Anadarko (NYSE:APC). Espera-se que a produção mais alta compense a fraqueza em seus negócios de downstream, o que inclui a atividade de refino.
5. Trump deve fazer declaração sobre o comércio com UE
A agenda de Trump inclui “um anúncio sobre o comércio com UE” às 14h45, embora nenhum detalhe tenha sido especificado.
A Bloomberg, no entanto, citou pessoas familiarizadas com o assunto dizendo que Trump anunciará formalmente um acordo para abrir a União Europeia a mais exportações de carne bovina.
O representante comercial americano Robert Lighthizer e o embaixador europeu nos EUA assinarão o acordo em uma cerimônia formal que, segundo as fontes da Bloomberg, foi projetada para mostrar progresso na agenda comercial bilateral.
Isso representaria uma mudança de tom nas últimas semanas, na qual o presidente Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre o vinho francês em resposta a um novo imposto francês sobre gigantes da Internet, além de repetir ameaças mais antigas de tarifas em automóveis europeus.
– Reuters contribuiu com esta reportagem