O BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para as ações da Eneva (ENEV3), após a empresa apresentar um balanço financeiro do primeiro trimestre de 2024 visto com bons olhos pelo banco, apesar de apresentar alguns desafios durante o período.
Nos três primeiros meses de 2024, a Eneva teve um EBITDA (lucro antes juros) ajustado de R$ 1,04 bilhão, 10% acima das expectativas do BTG Pactual.
"O desempenho foi impulsionado pelo forte despacho térmico e pela recuperação na usina Jaguatirica II, além de resultados positivos na negociação de energia", comenta o banco.
As usinas térmicas a gás de legado, especialmente Parnaíba e Jaguatirica II, foram destaque, com um EBITDA de R$ 435 milhões, 8% acima das expectativas e um aumento de 51% ano a ano.
A Celse também apresentou resultados sólidos, com um EBITDA ajustado de R$ 316 milhões, em linha com as expectativas e um aumento de 6% em relação ao ano anterior, graças aos reajustes contratuais e ao controle rigoroso dos custos.
Embora isso, a empresa apresentou desafios na usina solar Futura 1, que teve um desempenho abaixo do esperado, com um EBITDA de R$ 34 milhões, 23% abaixo das previsões, devido à transferência de um PPA para a divisão de negociação e à menor geração de energia causada por menor irradiância e disponibilidade de 95%.
"Apesar dos resultados positivos, a Eneva ainda enfrenta desafios significativos. A sustentabilidade a longo prazo depende da capacidade da empresa em reverter a tendência de queda na receita e manter o controle rigoroso dos custos operacionais. A usina solar Futura 1, em particular, apresenta desafios que precisam ser superados para melhorar sua contribuição ao EBITDA da empresa", disse o banco.
O preço -alvo sugerido para as ações da Eneva é de R$ 17,00, pelo BTG Pactual.