Dezembro foi mais um mês positivo para o fluxo de capital estrangeiro na B3 (B3SA3), a bolsa brasileira, com uma entrada líquida de R$ 14,5 bilhões.
Com isso, o saldo total de 2021 acumulou R$ 102,3 bilhões, um número bem acima dos R$ 7,4 bilhões em 2020 e um recorde desde 2009, quando o aporte de estrangeiros foi quase metade do valor, em R$ 50,7 bilhões.
O crescimento de investidores Pessoas Físicas (PFs) continuou positivo em novembro, último dado disponível, com uma adição de 72.141 pessoas na B3.
O número representa um avanço de 1,8% na comparação mês a mês, e totaliza 4.087.798.
Comparado a 2020, quando o ano encerrou com 3.229.318 contas ativas na B3, foi registrada uma alta expressiva de 26,6%.
Em novembro, entretanto, houve uma queda de 0,7% na comparação mês a mês na posição total dos investidores pessoas físicas (PFs), de R$ 3,5 bilhões, para R$ 482,3 bilhões.
Ainda assim, comparado com a posição no final de 2020 (R$ 452,6 bilhões), houve um aumento de 6,6%, o que reflete, segundo a XP, a evolução do mercado de ações brasileiro nos últimos anos.
O leve recuo mensal na posição total de investidores, de acordo com Fernando Ferreira, head de Research e estrategista-chefe da XP, Jennie Li, estrategista de Ações, e Rebeca Nossig, analista de Estratégia de Ações, pode ser atribuída à queda na Bolsa no último mês, com o aumento da taxa Selic, bem como a percepção de riscos que aumenta, dado as incertezas políticas e fiscais.
Os principais investidores da B3 são:
i) investidores estrangeiros (50,2%);
ii) instituições (25,7%);
iii) pessoas físicas (18,6%).
Juntos, eles representam 94,6% dos participantes do mercado acionário.