Os investidores estrangeiros tiraram R$ 557 milhões da bolsa brasileira no dia 18 de julho, elevando a saída no mês para R$ 2,446 bilhões, segundo dados da B3. No ano, o saldo está negativo em R$ 6,357 bilhões. Com esses números, julho deverá ser o quarto mês seguido de saída de recursos estrangeiros da Bovespa.
O fluxo de investimentos estrangeiros é importante porque ele representa 45,9% do volume negociado com ações na bolsa brasileira neste ano. Em julho, esse percentual caiu para 42,8%, ante 45% em junho. Já os investidores institucionais ampliaram sua participação para 30,4% do volume no ano e 32,5% em julho. As pessoas físicas também estão participando mais do mercado, com 18,2% do volume no ano e 20% em julho. No ano passado, os estrangeiros responderam por 48,9% do volume no ano, os institucionais, 27,8% e as pessoas físicas, 17,9%.
A saída dos estrangeiros mostra que o capital externo ainda está aguardando a aprovação da reforma da Previdência na Câmara, esperada para agosto, na volta do recesso. Há desconfiança também na retomada do crescimento do país, mesmo após a reforma. A instabilidade política, provocada pelas declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro, também é um fator que limita a confiança dos estrangeiros.
Apesar disso, a credibilidade do país no exterior está melhorando. Os Credit Default Swaps (CDS, indicadores do prêmio de risco pago pelo país no exterior) seguem em queda, em baixa de 12,6% somente neste mês e 38,08% no ano.
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