Aproximadamente 1.200 alunos de 700 escolas públicas e particulares do país participam neste fim de semana do Festival Sesi de Robótica, no Rio de Janeiro. O evento apresenta três disputas simultâneas com robôs de diferentes tipos e categorias, que acontecem nos armazéns 2 e 3 do Píer Mauá, com entrada gratuita.
A solenidade de premiação está programada para amanhã à tarde, dia de encerramento do festival. Antes de etapa nacional, no Rio de Janeiro, foram feitas 11 seletivas em 11 municípios brasileiros, das quais participaram 10 mil alunos.
O diretor de operações do Serviço Social da Indústria (Sesi), Paulo Mól, disse que o principal recado que o torneio de robótica dá aos estudantes é que estudar e aprender pode ser muito divertido.
“Aprender ciências é algo muito divertido. Quando você materializa esse estudo dentro de projetos que tenham uma missão a ser conseguida, e o estudante tem que buscar soluções para problemas reais, eles próprios começam a desenvolver capacidades extraordinárias para resolver esses problemas. E vêm para o Festival de Robótica apresentando coisas fantásticas”, afirmou.
Os estudantes colocam em prática o que aprenderam nas escolas em ciências, matemática, física e disciplinas ligadas à área tecnológica em três desafios, que são o Torneio Sesi de Robótica Fisrt Lego League, o Torneio Sesi de Robótica First Tech Challenge (desafio tecnológico) e o Torneio Sesi F1 in Schools (Fórmula 1 nas escolas).
No espaço
No Torneio Sesi de Robótica First Lego League, para alunos de 9 a 14 anos de idade, a disputa terá a participação de 84 equipes de diversos estados. O tema é Into Orbit (em órbita) e desafia os estudantes a pesquisar sobre as questões relacionadas a viver e viajar no espaço. “Cada estudante tem que desenvolver um projeto que tenha como temática o espaço”, informou o diretor.
Por exemplo, escovar os dentes pode levar as crianças e os jovens a desenvolver uma pasta que o astronauta possa engolir. Comida orgânica e material de limpeza são outros temas para incentivar os estudantes a desenvolver protótipos e a partir dali começar a criar robôs que possam trabalhar na órbita terrestre.
“É algo extremamente propositivo nesse formato”, afirmou Mól. “Você cria, na verdade, um estudante absolutamente curioso e conectado com a realidade de maneira muito firme. Alguém que vai pensar no que tem que ser feito, entender o produto, fazer um modelo de negócio para o produto. Então, se acaba criando um ser muito empreendedor, com várias habilidades, além das questões da ciência e tecnologia que são desenvolvidas”, argumentou.
Segundo Mól, o festival contempla públicos diversos e incentiva um processo lúdico de aprendizado. “Tudo que eu estou aprendendo durante os treinos e pesquisas vou levar para o resto da vida”, afirmou o estudante do 8º ano do Sesi de Barra do Piraí (RJ), João Victor de Castro Faria, de 12 anos de idade.
Novidades
Este ano, o festival traz uma nova categoria que é o Torneio Sesi de Robótica First Tech Challenge (desafio tecnológico), do qual participam 16 equipes, formadas por alunos de 15 a 18 anos do ensino médio, oriundos de 15 estados. Nessa categoria, os robôs construídos são mais estruturados para realizar atividades diversas.
Outra novidade desta edição do festival é o Torneio Sesi F1 nas Escolas. Trata-se de um programa educacional oficialmente vinculado à Fórmula 1 e que reproduz os desafios da corrida dessa categoria de carros. Conforme Mól, os alunos se comportam como se formassem uma escuderia e desenvolvem carros que sejam submetidos a testes de provas no festival.
O primeiro colocado vai participar de um grande prêmio real de Fórmula 1, em etapa a ser definida. O torneio é aberto a estudantes de 14 a 18 anos de idade. O programa F1 nas Escolas surgiu na Inglaterra e é promovido em mais de 40 países. Esta é a quarta edição no Brasil e a primeira organizada pelo Sesi.
Os melhores times da etapa nacional representarão o Brasil em torneios internacionais. O principal deles, o World Festival, considerado a Copa do Mundo da robótica, vai ocorrer nos dias 20 e 21 de abril em Houston, Estados Unidos. No ano passado, a equipe Red Rabitt, do Sesi de Americana (SP), venceu o mundial.