Coluna da Ida Nuñez

Luta contra o etarismo deve ser coletiva

Luta contra o etarismo deve ser coletiva

O etarismo, ou ageísmo, é uma forma de discriminação que afeta pessoas com base na sua idade, e é um tema cada vez mais relevante em nossa sociedade.

A atriz Claudia Raia, uma profissional com uma trajetória consolidada, traz à tona essa questão ao observar como mulheres de 50 ou 60 anos frequentemente desaparecem dos papéis de protagonismo.

Essa realidade evidencia um padrão preocupante na indústria do entretenimento e em outros setores, onde a juventude é muitas vezes exaltada em detrimento da experiência e sabedoria que vêm com a idade.

Mesmo no entretenimento internacional, figuras icônicas como Jane Fonda também são discriminadas.

A atriz não apenas desafiou os estereótipos associados ao envelhecimento, mas também se tornou produtora para garantir sua permanência em destaque no cenário artístico.

Essa atitude proativa reflete um desejo de não se deixar limitar pelas expectativas sociais que muitas vezes marginalizam as mulheres mais velhas.

A experiência de Claudia ressoa com muitas mulheres que, apesar de seu talento e conquistas, enfrentam barreiras impostas pelo etarismo.

Ela destaca que sempre foi produtora desde os 19 anos, o que demonstra sua determinação em moldar sua própria trajetória e não depender apenas das oportunidades oferecidas pelo mercado. Essa busca por autonomia é crucial num contexto onde a visibilidade das mulheres mais velhas é escassa.

O etarismo não afeta apenas as oportunidades de trabalho; ele também influencia a percepção social sobre o valor das pessoas à medida que envelhecem.

É fundamental desconstruir esses estigmas e reconhecer que a maturidade traz consigo uma riqueza de experiências e conhecimentos que são inestimáveis. Mulheres como Claudia e Jane Fonda são exemplos de como é possível desafiar essas normas e continuar a brilhar em qualquer fase da vida.

Promover a inclusão de todas as idades nos papéis de protagonismo não é apenas uma questão de justiça social; é uma maneira de enriquecer nossas narrativas culturais com diversas perspectivas.

A luta contra o etarismo deve ser uma prioridade coletiva, para construirmos um futuro onde todas as idades sejam valorizadas e celebradas.

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.