Devem entrar em vigor hoje as novas alíquotas de importação nos Estados Unidos contra produtos chineses. As tarifas sobre US$ 200 bilhões de importações americanas da China passarão de 10% para 25% a partir do meio-dia, horário dos EUA, diante da resistência do governo de Pequim em aceitar parte das condições impostas pelos americanos para um acordo comercial que colocasse fim na guerra comercial entre os dois países. Há também questões envolvendo direito de propriedade e transferência de tecnologia que atrapalham um acordo.
China promete retaliar e missão negocia nos EUA
Em meio às ameaças do presidente americano Donald Trump, que definiu a redução do déficit comercial com a China como uma de suas bandeiras, autoridades chinesas prometem retaliar, cobrando tarifas também de produtos americanos. Uma missão chinesa está em Washington tentando um acordo de última hora que suspenda o aumento das tarifas e as informações são de que Trump, com seu estilo personalista, pode acertar algo diretamente com seu colega chinês Xi Jim Ping.
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Bolsas caem nos EUA e sobem na Ásia e Europa
Nos mercados financeiros, a volta da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo derrubou as bolsas ao longo desta semana. E os mercados futuros apontam para novas quedas hoje, com o Índice Dow Jones futuro em baixa de 0,29% e o Standard & Poor’s 500, de 0,43%. O Nasdaq futuro cai 0,40%. Já na Europa, as bolsas sobem por enquanto, com o Índice Euro Stoxx 600 ganhando 0,55%. Na Ásia, a Bolsa de Xangai subiu 3,10% com a esperança de que um acordo de última hora suspenda as tarifas.
No Brasil, além do cenário externo, a proximidade do fim de semana leva o investidor a ser mais cauteloso e reduzir suas posições, diante do receio de anúncios de medidas ou declarações desastradas de políticos ou do governo. A semana já não foi muito boa para o presidente Jair Bolsonaro, que sofreu derrotas em série no Congresso em temas como o Coaf e a redução dos ministérios. Tudo isso dá um péssimo sinal para o assunto que mais interessa ao mercado e ao país, que é a reforma da Previdência, que já começa com propostas de cortes.
O Índice Bovespa cai 0,25%, para 94.556 pontos, ainda aguardando a abertura dos negócios em Nova York para definir uma tendência. Ecorodovias ON lidera as quedas do índice, com 1,99% de baixa. Já Cosan ON puxa as altas, com 2% de alta. O dólar comercial cai 0,95%, para R$ 3,944 para venda. E os juros futuros recuam na B3, com o contrato para janeiro de 2021 projetando 6,87% de taxa efetiva, ante 6,73% ontem.
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