Investing.com – Após a divulgação da atualização mensal da Gol aos investidores na sexta-feira (10), o BTG Pactual atualizou suas previsões para as ações da companhia, mantendo a recomendação de Compra e a escolha de Top Pick do setor, e elevando o preço alvo para R$ 27, de R$ 20 anteriormente.
Às 14h11, as ações da Gol (SA:GOLL4) eram negociadas a R$ 20,07, alta de 1,83%.
A companhia informou que, apesar do trimestre altamente desafiador para o setor, foi capaz de manter caixa suficiente para 12 meses, com liquidez de R$ 3,3 bilhões no fim do período.
A demanda por voos, fortemente impactada pela pandemia de Covid-19, está mostrando tímida recuperação, fazendo com que a empresa fosse capaz de operar 120 voos diários no final de junho – a média para o mês foi de 86 voos por dia, 13% do nível do ano passado e 89% a mais do que o nível de maio. Para julho, a expectativa é de aumento para cerca de 250 voos por dia, atingindo 25% em relação ao mesmo mês de 2019.
O banco defende como pontos fortes da Gol uma exposição ao mercado internacional menor do que a dos concorrentes; uma liquidez mais forte durante a crise; um programa de diminuição de frota melhor sucedido do que o dos competidores e um posicionamento melhor para se beneficiar da diminuição de frota e de capacidade da concorrência.
Após as novas informações e uma mudança nas perspectivas macroeconômicas, sobretudo no câmbio, o BTG (SA:BPAC11) revisou suas previsões para a Gol, fixando a margem Ebit ajustada entre 3% e 5% e Ebitda ajustado entre 23% e 25%.. Na avaliação do banco, os indicadores podem ser considerados positivos se forem levadas em consideração as circunstâncias do trimestre.
Acordo de codeshare entre Latam e Azul beneficiam a companhia
Em junho, a Azul (SA:AZUL4) e a Latam Brasil anunciaram acordos de codeshare e de programas de fidelidade, permitindo que os clientes se conectem entre as malhas domésticas das companhias e acumulem pontos no programa de fidelidade que quiserem. Na visão do BTG, isso pode beneficiar a Gol, por possivelmente causar uma queda na oferta de voos em alguns aeroportos importantes e evitar políticas agressivas de preços.