O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma variação de 0,50% em outubro, um aumento em relação ao mês anterior, quando apresentou uma alta de 0,37%.
Com esse desempenho, o índice acumula uma taxa de -4,46% no ano e de -4,57% nos últimos doze meses.
Em outubro de 2022, o índice tinha registrado uma queda de 0,97% e acumulava uma alta de 6,52% nos doze meses anteriores, apontou o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou um aumento de 0,60% em outubro, superior à alta ocorrida em setembro, de 0,41%.
A taxa do grupo de Bens Finais apresentou um acréscimo de 0,06% em outubro, em contraste com a queda de 0,03% no mês anterior. O principal fator que contribuiu para esse resultado foi o subgrupo de alimentos processados, cuja taxa passou de -0,74% para 0,49% no mesmo período.
O índice referente a Bens Finais (ex) (excluídos os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo) variou 0,28% em outubro, após uma queda de 0,27% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários apresentou uma variação de 0,69% em outubro, uma desaceleração em comparação ao aumento de 1,50% registrado no mês anterior.
O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 15,04% para 2,32%.
O índice de Bens Intermediários (ex) (excluído o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) variou 0,38% em outubro, em contraste com a queda de 0,71% observada em setembro.
O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou um aumento de 1,06% em outubro, revertendo a queda de 0,38% que havia sido observada em setembro.
Os principais contribuintes para essa mudança na taxa do grupo foram os seguintes itens: bovinos (-10,11% para 6,97%), cana-de-açúcar (-0,62% para 2,59%) e milho em grão (-4,22% para 1,05%).
Por outro lado, alguns itens apresentaram um movimento oposto, destacando-se: soja em grão (2,33% para -2,45%), minério de ferro (6,53% para 4,91%) e mandioca/aipim (-0,60% para -4,80%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) permaneceu estável em outubro, em uma variação de 0,27%, o mesmo valor observado em setembro.
Dentre os oito grupos que compõem o índice, cinco apresentaram aumento em suas taxas de variação, dois tiveram redução e um manteve a mesma taxa do mês anterior.
Em termos de influência, observamos acréscimos nas taxas de variação das seguintes classes de despesa, em ordem de impacto: Educação, Leitura e Recreação (-0,10% para 2,99%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,11% para 0,21%), Alimentação (-0,60% para -0,39%), Vestuário (-0,08% para 0,15%) e Despesas Diversas (-0,04% para 0,06%).
Vale destacar o comportamento dos seguintes itens dentro dessas classes de despesa: passagem aérea (-1,29% para 19,70%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,31% para 0,09%), carnes bovinas (-2,41% para -1,01%), roupas femininas (-0,62% para 0,03%) e alimentos para animais domésticos (-0,49% para 0,24%).
Por outro lado, observamos influências negativas provenientes dos grupos Transportes (1,75% para -0,12%) e Habitação (0,41% para 0,19%).
Dos itens que mais contribuíram para essas reduções, vale destacar a gasolina (5,01% para -0,91%) no grupo Transportes e a tarifa de eletricidade residencial (1,33% para -0,03%) no grupo Habitação.
No entanto, o grupo Comunicação manteve a mesma taxa do mês anterior, registrando 0,07%.
Em outubro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou uma variação de 0,20%. Isso representa uma ligeira redução em comparação com a taxa de 0,24% registrada em setembro.
Os três grupos que compõem o INCC tiveram as seguintes variações na transição de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (0,04% para 0,07%), Serviços (0,38% para 0,79%) e Mão de Obra (0,48% para 0,29%).