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Fique de olho: China e EUA retomam negociações e bolsas sobem; Previdência passa na CCJ

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Autoridades chinesas informaram ontem que acertaram a retomada das negociações comerciais com os Estados Unidos em outubro. A medida, que traz um alívio na guerra comercial entre os dois países, vem na semana em que grande parte dos aumentos de alíquotas de importação entraram em vigor. Segundo o Ministério do Comércio da China, o acordo para retomar as negociações foi fechado por telefone pelo vice-primeiro-ministro chinês Liu He com o representante do Departamento do Comércio americano, Robert Lighthizer, e pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin.

Até outubro, as partes devem manter consultas para preparar o encontro. Analistas alertam, porém, que os sinais ainda são de manutenção das disputas, não só comerciais, mas envolvendo propriedade intelectual entre os dois países. Os chineses querem que o governo americano suspenda as tarifas já impostas antes da negociação, enquanto o presidente Donald Trump quer limites também para o uso de patentes americanas pelos chineses.

Bolsas sobem após anúncio

A medida, porém, já trouxe alívio para os mercados internacionais, que tem receio do impacto da guerra comercial sobre a já fraca economia mundial. O Índice Nikkei, do Japão, subiu 2,12% e o da Bolsa de Xangai, 0,96%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,03% em meio à continuidade dos protestos de estudantes contra o governo, ligado à China. Na Europa, as bolsas sobem, com exceção do Financial Times, de Londres, que cai 0,71% refletindo a crise política após a aprovação pelo Parlamento de um voto que impede o país de sair da União Europeia sem um acordo, uma derrota para o primeiro-ministro Boris Johnson, que agora quer convocar eleições para forçar a saída no dia 31 de outubro.

Na Alemanha, o DAX sobe 0,65%, o CAC, de Paris, 0,85%, o MIB, da Itália, 0,51% e o índice regional Stoxx 600, 0,49%.

Nos EUA, o índice Dow Jones está em alta no mercado futuro, de 0,85%, o Standard & Poor’s 500, de 0,79% e o Nasdaq, de 1%.

CCJ aprova reforma da Previdência

No Brasil, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou ontem o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) à reforma da Previdência (PEC 6/2019). Foram 18 votos favoráveis e 7 contrários ao texto-base da proposta que altera a regras de aposentadoria. Além do projeto principal, a CCJ aprovou ontem a conversão do anexo do relatório de Jereissati em uma PEC com uma série de alterações que não entraram no texto-base. A principal delas é a possibilidade de estados e municípios participarem da reforma.

Conhecida como PEC Paralela, a proposta sai da CCJ e segue para a Mesa Diretora do Senado, onde receberá um número e será lida em plenário pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), já assinou a proposta e deverá ser considerado o autor da matéria.

Expectativa de alta na bolsa

A expectativa é que o anúncio de negociações entre China e EUA e a aprovação da reforma da Previdência na CCJ animem os investidores no Brasil, diz Pablo Stipanicic Spyer, diretor da corretora Mirae Asset. Outra notícia que poderia repercutir mal no mercado, a do pedido de demissão de parte da equipe da Operação Lava Jato, deve ter impacto menor. “Entre o noticiário da Lava Jato e a noticia do encontro dos EUA com China em outubro, China vai ser mais forte e leva”, afirma Spyer. No mercado futuro, o Índice Bovespa sobe 1% e o dólar comercial cai 0,53%, para R$ 4,08 para venda.

Com informações da Agência Brasil.

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