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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta terça-feira (11)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na terça-feira, 11 de maio

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Por Geoffrey Smith e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – As conversas em torno das reformas tributária e administrativa continuam, enquanto a liquidação de ações de tecnologia no exterior segue derrubando as principais bolsas mundo afora. Os criptoativos também foram vendidos, com preocupações pelo ataque cibernético do Colonial Pipeline.

Já a OPEP e o American Petroleum Institute divulgam atualizações regulares sobre o fornecimento de petróleo.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na terça-feira, 11 de maio.

1. Reformas e vacinas avançam
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que vai buscar fazer a Reforma Tributária possível e que, na prática, há duas reformas, uma de renda e outra de consumo. A primeira tem matérias infraconstitucionais e a segunda uma tramitação mais complexa, mas ambas devem ser fracionadas durante sua tramitação no Congresso Nacional.

Em entrevista à TV Brasil, ele disse ainda que espera que a Reforma Administrativa, outra reforma prioritária do Congresso, seja aprovada nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, vá para uma comissão especial e em cerca de 90 dias esteja pronta para ser entregue ao Senado Federal.

No front da pandemia, algumas notícias mais otimistas. Uma medida provisória publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta segunda-feira (10), abre crédito extraordinário de R$ 5,5 bilhões para custear a produção e a distribuição de vacinas contra a Covid-19.

O Brasil registrou nesta segunda-feira 889 novos óbitos em decorrência da Covid-19, a menor contagem em um único dia desde 1º de março, quando foram relatados 778 óbitos. Isso eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 423.229, informou o Ministério da Saúde.

Já o EWZ, principal ETF negociado no exterior, caía 0,98% no pré-mercado em Nova York.

2. Liquidação de tecnologia continua
A liquidação de ações de tecnologia parece determinada a continuar quando Wall Street abrir mais tarde, com os futuros do Nasdaq 100 já em queda de mais de 1% na sessão pré-mercado.

Enquanto isso, os futuros do Dow Jones caíam 0,44% e os do S&P 500 recuavam perto de 0,8%.

O aumento nos preços das commodities e os temores crescentes de aperto monetário antes do esperado parecem ter sido o catalisador para o movimento que começou nesta segunda-feira.

As ações de tecnologia da China se mantiveram razoavelmente bem durante a noite, mas as sul-coreanas negociadas no índice KOSPI caíram 1,2%, com os fabricantes de chips destacando-se entre os maiores perdedores. A Taiwan Semiconductor Manufacturing (NYSE:TSM) (SA:TSMC34) também recuou 3,1% em Taiwan, enquanto na Europa, os fabricantes de chips lideraram o tombo do índice STOXX Technology, que operava em queda de 2,2%.

Também no radar, quatro dias depois de um relatório de emprego assustadoramente fraco, o Departamento de Trabalho americano divulga a pesquisa de empregos JOLTS para março. As vagas devem subir para 7,5 milhões, fechando o recorde estabelecido em 2019.

3. Quadro de inflação mista da China
Aqueles que procuram sinais de inflação viram novas evidências disso nos dados de preços ao produtor mais recentes da China, que subiram pela taxa anual mais rápida em três anos e meio em abril. O IPP avançou 6,8%, contra 4,4% em março, impulsionado em grande parte pelas expectativas de pedidos de investimento doméstico em infraestrutura.

A taxa de inflação ao consumidor do país, no entanto, aumentou menos do que o esperado para 0,9%, apesar dos sinais de que a escassez global de chips está gerando preços mais altos para eletrodomésticos.

Separadamente, os dados do censo da China mostraram que sua população de cresceu na taxa mais lenta em mais de 100 anos na década até 2020. O encolhimento da população em idade produtiva da China e o número crescente de aposentados pode colocar uma pressão significativa sobre os salários a longo prazo.

4. Criptomoedas se juntam à realização; Musk tenta reunir fãs da Dogecoin
Ativos de criptografia juntaram-se à liquidação global após o ataque de ransomware na Colonial Pipeline reaviver temores de que os reguladores possam restringir o uso de moedas digitais.

A demanda do grupo de hackers DarkSide por pagamento em Bitcoin chamou atenção para como o anonimato e a falta de rastreabilidade oferecidos pelas criptomoedas facilitam o crime global.

Às 8h59, o Bitcoin caía 5% para US$ 55.200, enquanto o Ethereum recuava 2,51% para US$ 3.964,59. O Dogecoin, no entanto, chegou a subir 1,8% após Elon Musk tentar desfazer o dano causado por sua aparição no Saturday Night Live fazendo um questionamento no Twitter para saber se Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) deveria aceitá-lo, mas passou a cair 3,56%.

A Tesla tem questões mais urgentes com que se preocupar: o ARK Innovation Fund (NYSE:ARKK) de Cathie Wood, um de seus maiores financiadores, caiu abaixo de sua média móvel de 200 dias na segunda-feira, um movimento que pode desencadear mais resgates e forçar venda de ações da Tesla.

5. Colonial vê fluxos retornando até o final de semana
A Colonial Pipeline Company disse esperar que os fluxos através de seus dutos de combustível para a Costa Leste sejam substancialmente restaurados até o fim de semana, garantindo que o deslocamento para o mercado de petróleo do ataque cibernético da semana passada permaneça relativamente limitado.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que é provável que a Rússia tenha "alguma responsabilidade" pelo ataque, dadas as evidências que sugerem que o grupo de hackers DarkSide está baseado na Europa Oriental. No entanto, nenhuma evidência ligando-os ao governo russo foi apresentada, o que limita a probabilidade de retaliação que poderia prejudicar os mercados financeiros russos.

O mercado de petróleo pode, assim, retornar à rotina, que envolve a publicação do relatório mensal da OPEP e as estimativas dos inventários semanais do American Petroleum Institute.

A retomada dos fluxos influencia negativamente o preço do petróleo. O contrato futuro do WTI caía 1,45% a US$ 63,98 o barril, enquanto o Brent recuava 1,32% a US$ 67,42.