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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira (1º)

Veja o que movimenta os mercados hoje

O presidente Jair Bolsonaro em Sessão Solene destinada à inauguração da 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 56ª Legislatura - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O presidente Jair Bolsonaro em Sessão Solene destinada à inauguração da 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 56ª Legislatura - Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Por Peter Nurse e Leandro Manzoni, da Investing.com – O governo do presidente Jair Bolsonaro busca estratégia para se blindar contra acusações de corrupção na política de combate à pandemia.

A Opep se reúne com a Rússia e outros países não-membros da organização para decidir se deve ou não aumentar a produção de petróleo.

Os dados econômicos do dia estão os pedidos iniciais por seguro-desemprego nos EUA e a balança comercial e variação de emprego do Caged no Brasil.

O Bitcoin começa a receber aceitação oficial e o Softbank aporta em uma exchange brasileira.

Veja o que movimenta os mercados nesta quinta-feira, 1º de julho.

1. Pressão política sobre Planalto
As manchetes dos principais jornais do país abordam a reação do governo do presidente Jair Bolsonaro a acusações de corrupções envolvendo a política de combate à pandemia, especialmente com as suspeitas sobre pedido de propina na compra de vacinas por dirigentes do Ministério da Saúde.

O foco das acusações recai sobre o líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que compõe o Centrão, bloco que é alicerce da governabilidade de Bolsonaro.

Os investidores acenderam o sinal amarelo, mas ainda sem aumento do prêmio de risco. O Ibovespa fechou o dia com queda de 0,41% na véspera e dólar futuro estável a R$ 4,9705, influenciados por movimentação no exterior pela variação de emprego nos EUA acima do esperado pelo mercado.

Mesmo assim, a tendência é de continuação do influxo de recursos estrangeiros no mercado financeiro local com a política monetária ultra-frouxa dos principais Bancos Centrais globais, especialmente o Federal Reserve.

O jornal Folha de S.Paulo destaca a preocupação dos assessores da Presidência com as acusações, que buscam estabelecer uma estratégia de blindar Bolsonaro, mas com críticas com a demora do governo em reagir.

O Estado de S.Paulo aborda a pressão sobre o Palácio do Planalto com a entrega do “super pedido” de impeachment entregue nesta quarta-feira na Câmara pela oposição, se somando a outros 122 que estão na mesa de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa. Lira não se abalou e disse que “impeachment exige materialidade”, ressaltando que vai aguardar os acontecimentos.

Enquanto O Globo informa que o ministro Eduardo Pazuello demitira o diretor do Departamento de Logística da pasta, Roberto Dias, em outubro, mas que foi abortada pela Casa Civil a pedido do então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Dias foi exonerado apenas essa semana, após a denúncia de ter cobrado US$ 1 por vacina de propina a uma empresa que negociava fornecimento de imunizantes ao Ministério.

O Globo também destaca a projeção de especialistas de que a pandemia seja controlada no Brasil até fim do ano com a vacinação, apontando a queda de internações em junho. No entanto, o momento ainda de cautela, segundo os especialistas, que citam a necessidade ainda da prática do distanciamento social para diminuir a transmissão do vírus.

Nesta quarta-feira, o Brasil registrou 2.801 novos óbitos em decorrência da Covid-19, totalizando agora 518.066 mortes desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde. Foram relatados 43.836 novos casos de coronavírus, com as infecções no país avançando para 18.557.141.

2. Olho na reunião da Opep+
Os preços do petróleo bruto subiam na quinta-feira, auxiliados pelos estoques dos EUA mais baixos, enquanto os investidores aguardavam notícias de uma reunião dos principais produtores sobre os níveis de produção futuros.

Às 08h47, os preços do petróleo WTI, negociado em Nova York, avançava 2,45% a US$ 75,27 o barril, depois de subir mais de 10% em junho, enquanto o petróleo Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, tinha alta de 1,9% para US$ 76,05, após avançar mais de 8% no mês passado.

Ajudando o mercado, veio a notícia na quarta-feira de que os estoques de petróleo dos EUA caíram 6,7 milhões de barris na semana passada, de acordo com a Administração de Informação de Energia, sexta queda semanal consecutiva.

No entanto, a maioria dos investidores monitora a reunião de hoje da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, conhecida como Opep+.

O grupo já concordou em aumentar a produção entre maio e julho em 2,1 milhões de barris por dia, e agora tem que decidir se deixa esses níveis de produção inalterados ou aumenta a produção em agosto e depois mais adiante.

Uma reunião preliminar foi estendida por um dia, sugerindo divergências internas, já que a variante delta altamente contagiosa do vírus Covid-19 ameaça interromper a recuperação econômica mundial. As expectativas de consenso são de um aumento na produção de cerca de 500.000 barris por dia.

3. Dados econômicos do dia
Os dados de pedidos iniciais por seguro-desemprego nos EUA serão divulgado às 9h30 (horário de Brasília).

O consenso é para 390.000 novas solicitações, abaixo dos 411.000 no período anterior, enquanto os pedidos contínuos, que são relatados com uma semana de atraso em relação aos pedidos iniciais, devem cair de 3,39 milhões para 3,382 milhões.

O Federal Reserve fez de uma melhoria substancial na saúde do mercado de trabalho dos EUA sua principal prioridade no que diz respeito ao momento da retirada do estímulo monetário.

O relatório da folha de pagamento ADP de quarta-feira mostrou que os empregadores do setor privado adicionaram 692.000 empregos em junho, mais do que o esperado.

No entanto, o relatório do ADP nem sempre foi o melhor guia para o número oficial da folha de pagamento não agrícola, mais conhecido como payroll: no mês passado, o ADP chegou inicialmente a 978.000 e a folha de pagamento a 559.000.

No Brasil, é dia de PMI Industrial às 10h00, variação do emprego formal do Caged às 11h00 e a balança comercial às 15h00.

4. Ações mistas no início do segundo semestre
As ações dos EUA devem abrir mistas na quinta-feira, começando a segunda metade do ano da mesma forma que fecharam a primeira.

Às 08h54, os futuros do Dow Jones subiam 69 pontos, ou 0,2%, o S&P 500 futuros estavam com alta de 0,12% e os futuros do Nasdaq 100 tinham leve queda de 0,05%.

Os principais índices fecharam os primeiros seis meses do ano fortemente na quarta-feira, com o índice Dow Jones avançando 12,7%, enquanto o S&P 500 subiu 14,4% e o índice de tecnologia Nasdaq Composite teve ganhos de 12,5%.

Wall Street seguiu em frente, ajudada por um programa de vacinação bem-sucedido, que permitiu à maioria do país reabrir, um crescimento econômico saudável e fortes ganhos corporativos. O imenso estímulo fiscal e monetário, é claro, também criou fortes ventos favoráveis.

No noticiário corporativo, a empresa chinesa Didi (NYSE:DIDI) estará no centro das atenções na quinta-feira após a estreia volátil de quarta-feira na Bolsa de Valores de Nova York após seu IPO.

As ações da empresa fecharam em alta de apenas 1%, após subir quase 30%, a um preço de US $ 14,14, com um valor de mercado de pouco menos de US $ 68 bilhões.

No Brasil, a manchete do jornal Valor Econômico destaca o otimismo de gestores que veem ganhos com ações na B3 (SA:B3SA3) antes do início do ciclo eleitoral, mesmo com alta da taxa Selic.

5. Criptomoedas
Bitcoin, a maior criptomoeda por capitalização de mercado, cai mesmo após com relatos de que dois renomados operadores de fundos de hedge estão procurando se envolver com sua negociação.

O fundo de hedge Point72 Asset Management, do bilionário nova-iorquino Steven Cohen, está procurando por um "chefe de criptoativos", enquanto o site de notícias financeiras TheStreet informou que a firma de investimento do investidor bilionário George Soros está negociando Bitcoin como parte de uma exploração mais ampla de ativos digitais.

No início desta semana, TP ICAP (LON:NXGN), a maior corretora interdealer do mundo, anunciou planos para lançar uma plataforma de negociação de criptomoeda com Fidelity Investments e Standard Chartered (LON:STAN) (OTC: SCBFF).

A mudança foi vista como um sinal de que os mercados estabelecidos que são capazes de atender às preocupações dos reguladores sobre a facilitação da lavagem de dinheiro e evasão fiscal estão ansiosos para explorar o aumento do interesse institucional na classe de ativos.

Às 8h59, o Bitcoin tinha baixa de 3,59% a US$ 33.661,70 nas últimas 24 horas, bem abaixo do nível de US$ 65.000 visto em meados de abril.

No Brasil, o Mercado Bitcoin levantou US$ 200 milhões com o Softbank por meio de sua holding controladora 2TM, segundo o site Brazil Journal. A maior rodada de investimentos Serie B da América Latina elevou o valuation da principal exchange de criptomoedas no Brasil para US$ 2,1 bilhões.

Os recursos serão direcionados para consolidação no Brasil e internacionalização pela América Latina.

É o segundo investimento em empresas ligadas a criptomoedas na região pelo Softbank, após realizar aportes na Hashdex.