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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta sexta-feira (16)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta sexta-feira, 16 de julho

- ORLANDO SANT'ANNA via Unsplash
- ORLANDO SANT'ANNA via Unsplash

Por Geoffrey Smith e Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – A Lei de Diretrizes Oçamentárias (LDO) para o ano que vem foi aprovada no Congresso, com previsão de R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral dos partidos. A reforma tributária e o quadro de saúde de Bolsonaro também seguem no radar.

Os dados de vendas no varejo e de sentimento do consumidor em Michigan encerram uma semana movimentada com notícias econômicas dominadas pelo debate sobre a inflação.

Intel está em negociações para o que seria sua maior aquisição.

As ações da Moderna disparam após serem incluídas no S&P 500.

China lança seu tão esperado mercado de emissões de carbono .

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na sexta-feira, 16 de julho.

1. Aprovação da LDO e reforma tributária
O assunto de maior repercussão é a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ontem no Congresso, que prevê R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral dos partidos, o triplo das eleições de 2018.

Além disso, a lei aprovada também prevê a manutenção das emendas de relator e a possibilidade de reestimativa das despesas obrigatórias pelo Congresso. O texto segue agora para sanção presidencial.

A reforma tributária também segue repercutindo.

Apurou-se que o ticket médio do novo programa social, tido como um Bolsa Família ampliado, deverá ser de R$ 270. O novo benefício estaria atrelado à aprovação da taxação de lucros e dividendos.

Agora, o Congresso entra em recesso e a CPI da Covid suspende os trabalhos por duas semanas. "Do jeito que essa reforma está impactando no câmbio, fiquem atentos a qualquer aumento de taxação (dólar para cima) ou diminuição de taxação (dólar para baixo)", avalia a economista Vanessa Blum Colloca, colunista do Investing.com.

Em outra frente, o presidente Jair Bolsonaro segue internado, mas apresenta melhora e a necessidade de cirurgia está descartada no momento.

2. Indicadores econômicos nos EUA
Mais dois lançamentos de grandes indicadores econômicos encerram uma semana que tem sido dominada pelo debate sobre a maior inflação dos EUA em décadas.

Os dados de vendas no varejo de junho serão divulgados às 09h30 (horário de Brasília), e devem mostrar uma segunda queda consecutiva, embora de apenas 0,4% após 1,3% em maio. Isso reflete principalmente a mudança dos gastos do consumidor de volta aos serviços, à medida que a economia se reabre.

Talvez o mais importante seja o componente expectativas de inflação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que será publicado às 11h00.

Um dos principais argumentos que sustentam a atitude relaxada do Federal Reserve em relação à alta dos preços foi o entendimento de que as expectativas de inflação de médio prazo ainda estão bem ancoradas. O presidente Jerome Powell disse ao Congresso esta semana que o Fed reagiria se isso mudasse.

Durante a madrugada, o Banco do Japão se tornou o terceiro banco central asiático esta semana a cortar sua previsão de crescimento para este ano, devido principalmente aos efeitos da pandemia.

3. Ações devem abrir em alta nos EUA
Os mercados de ações dos EUA devem abrir moderadamente em alta às 10h30, em curso para um quarto ganho semanal consecutivo, com as notícias da Intel (NASDAQ:INTC) (SA:ITLC34) ajudando a restaurar o sentimento em relação aos fabricantes de chips após as perdas de quinta-feira.

Às 08h32, os contratos futuros da Nasdaq, Dow Jones e S&P 500 avançavam respectivamente 0,19%, 0,11% e 0,15%. O EWZ, ETF que replica o Ibovespa em Wall Street, operava estável.

Os destaques da temporada de balanços hoje são Charles Schwab (NYSE:SCHW) (SA:SCHW34) e State Street (NYSE:STT) (SA:S1TT34). Já as ações da Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) também estarão em foco após a notícia de sua admissão ao índice S&P 500 após o fechamento na véspera.

A Intel estaria em negociações para aquela que seria sua maior aquisição, enquanto busca se reinventar como fabricante de chips de silício para outras empresas.

O Wall Street Journal informa que a empresa conversou com a Mubadala Investment Corp, proprietária da GlobalFoundries, para comprá-la por cerca de US $ 30 bilhões.

A reportagem acrescenta que a forma de qualquer negócio está longe de ser certa e também poderia incluir um IPO da GlobalFoundries, a unidade especializada em fabricação de chips criada pela Advanced Micro Devices (NASDAQ:AMD) (SA:A1MD34)13 anos atrás.

4. China lança mercado de carbono
A China lançou o que será o maior mercado mundial para emissões de dióxido de carbono, em um dos movimentos mais importantes até então para colocar um preço no fraco desempenho ambiental de seus setores de energia e industriais.

A mudança ocorre na medida em que a Europa e, cada vez mais, os EUA abraçam a ideia de usar "impostos de fronteira de carbono" para neutralizar a vantagem econômica que os fabricantes da China ganharam com seus padrões ambientais frouxos e sua forte dependência da energia a carvão.

A nova agenda do clima da União Europeia (UE), publicada no início desta semana, destacou a importância do chamado Mecanismo de Ajuste da Fronteira de Carbono. Já os senadores democratas estão elaborando planos para um esquema análogo nos EUA, segundo The New York Times e o Financial Times na quinta-feira.

5. O petróleo estabiliza após os relatórios do acordo de paz da Opep
Os preços do petróleo bruto recuperaram um pouco durante a noite, mas permanecem em curso para uma segunda queda semanal consecutiva em meio a relatórios de uma solução iminente da disputa sobre a participação de mercado entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Um acordo abriria caminho para que o chamado bloco Opep+ continuasse com seu plano de aumentar a produção em 400 mil barris por dia todos os meses até o final do ano. A Agência Internacional de Energia havia alertado no início da semana sobre um aperto significativo dos mercados globais se este plano não fosse adiante.

Por 08h40, os contratos futuros do petróleo WTI, negociado em Nova York, subiram 0,25%, a US$ 71,87 o barril, enquanto os futuros do petróleo Brent, cotado em Londres e referência internacional de preços, avançavam 0,14%, a US$ 73,58.

Os dados da plataforma de perfuração Baker Hughes e os dados semanais da Commodity Futures Trading Commission sobre os compromissos dos traders terminam a semana de dados no setor.