Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira (11)

Por Peter Nurse e Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – A divulgação da inflação ao consumidor nos EUA de julho deve contribuir para o debate de redução gradual dos estímulos monetários do Fed, enquanto o projeto de infraestrutura é aprovado pelo Senado.

No Brasil, foco nas vendas no varejo para o mês de junho, além dos últimos balanços e dos acontecimentos em Brasília.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta quarta-feira, 11 de agosto.

1. Inflação nos EUA e debate sobre 'tapering'
A atenção na quarta-feira se concentrará na parte da inflação do mandato duplo do Federal Reserve (Fed), com a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC) de julho provavelmente levar os investidores a atualizarem suas apostas sobre quando o Fed começará a reduzir seu extraordinário estímulo monetário de compra de US$ 120 bilhões de títulos mensalmente – processo chamado de 'tapering'.

Os dados devem ser divulgados pela Secretaria de Estatísticas do Trabalho às 9h30 (horário de Brasília), e a expectativa é de uma alta 5,3% em relação ao ano passado, marginalmente inferior aos 5,4% de junho, a maior alta mensal desde agosto de 2008.

Espera-se que o núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentos e energia, tenha subido 4,3% em julho em relação ao ano anterior, contra o salto de 4,5% em junho, que foi o ritmo de aumento mais rápido desde setembro de 1991.

O presidente do Fed, Jerome Powell, tem afirmado sistematicamente que os números elevados da inflação serão transitórios com a reabertura total da economia, mas outra alta na inflação provavelmente adicionará tempero ao debate do 'tapering'.

2. Venda no varejo e temporada de balanços no Brasil
O principal ponto de atenção do dia no Brasil serão os números de vendas no varejo e seus possíveis impactos sobre as ações do setor. A expectativa do mercado era de alta de 0,7%, contra 1,4% no mês passado, mas o IBGE informou um recuo de 1,7%.

Brasília também segue sendo observada, após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), garantir que a reforma do Imposto de Renda seria votada nesta quarta-feira.

Enquanto a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios flexibiliza a regra de ouro, segundo informa o Tesouro. A regra de ouro é um mecanismo que permite o governo pedir autorização antecipada ao Congresso para cobrir despesas correntes com receitas de operações de crédito.

Finalmente, os balanços divulgados entre a noite de ontem e a manhã de hoje devem repercutir, como BR Distribuidora (SA:BRDT3), C&A, Marfrig (SA:MRFG3), NotreDame Intermédica (SA:GNDI3), Porto Seguro (SA:PSSA3), Taurus (SA:TASA4), Qualicorp (SA:QUAL3), Randon (SA:RAPT4) e Raia Drogasil (SA:RADL3).

3. Ações devem abrir em baixa; Balanço do eBay
As ações dos EUA devem abrir marginalmente em baixa, recuando dos recordes históricos antes dos principais dados de inflação e à medida que a temporada de balanços do segundo trimestre caminha para o fim.

Às 8h48, os futuros do Dow Jones estavam praticamente estáveis, enquanto os futuros do S&P 500 e os futuros do Nasdaq 100 caíam respectivamente 0,1% e 0,18%. Já o EWZ), ETF que mede o desempenho das ações brasileiras em Wall Street, operava com leve alta de 0,03% no pré-mercado.

O índice blue chip Dow Jones Industrial Average avançou pouco mais de 160 pontos, ou 0,5%, na terça-feira, enquanto o amplo S&P 500 teve ganhos de 0,1%, ambos fechando em altas recordes. O índice de tecnologia Nasdaq Composite caiu 0,5%, registrando sua segunda sessão negativa nas últimas três.