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Fique por dentro das 5 principais notícias dos mercados desta quinta-feira (10)

Inflação de preços ao consumidor dos EUA deve atingir nova máxima de 40 anos, a compra da Oi Móvel por Claro, Vivo e Tim aprovada, a marcha ascendente dos preços de petróleo e mais

Dólar
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – A inflação de preços ao consumidor nos EUA deve atingir uma nova alta de quatro décadas em janeiro, mas ainda não está claro se isso vai levar a um aumento de 50 pontos-base da taxa do Federal Reserve em março.

Os gigantes de consumo Coca-Cola, Pepsi, Unilever (NYSE:UL), Philip Morris (NYSE:PM) e outros também darão sua opinião na alta dos preços.

As ações da Walt Disney (NYSE:DIS) e da Uber (NYSE:UBER) voam após fortes números de crescimento trimestral.

No Brasil, a compra da Oi (SA:OIBR3) pela Tim (SA:TIMS3), Vivo e Claro foi aprovada, com restrições. 

E o petróleo retoma sua marcha ascendente após a maior queda semanal em U.S. raw em quatro meses.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quinta-feira, 10 de fevereiro:

1. Inflação – o macro e o micro

Os EUA divulgam dados de inflação para janeiro às 10h30, com a taxa anual definida para atingir 7,3%, a maior alta em quatro décadas. 

O IPC continua a ser distorcido por coisas como preços de carros usados e preços de óleo combustível, razão pela qual o Federal Reserve prefere acompanhar o índice de preços para Despesas do Consumidor Pessoal (também atualmente em altas de vários anos).

Se torna duvidoso que mesmo uma surpresa positiva leve o Fed a uma alta de 50 pontos-base em março: a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, minimizou tal passo na quarta-feira (9), enquanto Raphael Bostic, de Atlanta, disse que a taxa de inflação estava “à beira” de virar.

Para uma perspectiva holística sobre a inflação, pode fazer mais sentido olhar para o que gigantes de consumo como Unilever, Coca-Cola, Pepsico (NASDAQ:PEP), Philip Morris e a Kellogg (NYSE:K) dizem sobre os preços em seus relatórios trimestrais de hoje.

E não se esqueça de verificar os números semanais de pedidos de auxílio-desemprego, também com vencimento às 10h30.

2. Telefonia no Brasil

Após um dia de tensões, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da Oi Móvel pela Claro, Tim (SA:TIMS3) e a Vivo (SA:VIVT3).

A decisão foi condicionada a uma série de condições, como o aluguel e a venda de metade das antenas e equipamentos e o aluguel de uma faixa de 900 Mhz em locais de menor densidade populacional.

A votação do Cade terminou com quatro votos a favor e três contra, com o presidente do órgão, Alexandre Cordeiro, responsável pela decisão final.

O relator do processo, Luis Braido, havia pedido pela reprovação do negócio, por considerar que as exigências do acordo eram insuficientes para manter a concorrência no setor.

As ações da Oi fecharam o dia ontem, 9, com queda de 2,88%, a R$ 1,01, porém ao longo do dia, a cotação chegou a variar entre R$ 0,77 e R$ 1,16.

Em um ano, o papel sofreu uma variação de – 52,13%.

3. Mercado de ações americanas

As ações dos EUA devem desistir de alguns dos ganhos acentuados de quarta-feira na abertura, com poucas pessoas dispostas a fazer grandes apostas antes dos principais números de inflação mais tarde.

Às 08h47, os futuros da Dow Jones avançavam 0,17%, enquanto os da Nasdaq 100 e da S&P 500 recuavam 0,21% e 0,08% respectivamente. 

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde, além das empresas de consumo mencionadas acima, incluem ArcelorMittal (NYSE:MT) e AstraZeneca (NASDAQ:AZN) e L'Oreal (PA:OREP), que informou resultados durante a manhã europeia, junto com Linde (NYSE:LIN), Duke Energy (NYSE:DUK) e Datadog (NASDAQ:DDOG).

Illumina, Expedia (NASDAQ:EXPE) e Verisign (NASDAQ:VRSN) relatam após o fechamento.

Disney e Uber escolheram um bom momento para relatar forte crescimento trimestral de receita em um momento em que o mercado começou a pensar que pode ter exagerado o pessimismo em ações de crescimento de longa duração.

Como tal, ambas as ações voam no pré-mercado, embora as previsões da Uber para o trimestre atual estejam abaixo do consenso do mercado, e a Disney confirmou que a unidade que abriga seu serviço de streaming Disney+ perdeu quase US$ 600 milhões no último trimestre, por buscar crescimento a qualquer custo.

Pelo menos apresentou o crescimento, com adição de 11,8 milhões de assinantes líquidos, muito mais do que o esperado – e mais do que a Netflix (NASDAQ:NFLX).

O negócio de parques temáticos também teve um trimestre de destaque à medida que a demanda reprimida foi desencadeada.

4. A China abre novamente a torneira do crédito

As comportas de liquidez se abrem novamente na China depois que o banco central afrouxou a política monetária no mês passado.

Os novos empréstimos atingiram um novo recorde histórico em janeiro, bem acima das previsões, enquanto o crescimento da oferta de dinheiro do M2 acelerou para uma taxa anual de 9,8% de 9,0%, também mais rápido do que o esperado.

A notícia chega em um momento em que os reguladores tentam ferozmente manter o crédito em fluxo para o setor imobiliário, em um momento em que os mercados internacionais de títulos estão fechados devido à incerteza contínua sobre suas perdas ocultas e sobre quem seria o responsável final por elas.

5. Petróleo retoma marcha ascendente após dados de inventário do EIA

Os preços do petróleo bruto retomaram sua alta após um breve período de realização de lucros por agentes financeiros após os dados de estoques dos EUA de quarta-feira.

Os preços caíram depois que um aumento renovado na demanda por petróleo dos EUA foi confirmado por uma queda de 4 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana passada, a maior queda mensal em quatro meses.

Às 08h51, os futuros do petróleo nos EUA subiam 0,88%, a US$ 90,45, enquanto os de Brent avançavam 0,60%, a R$ 92,10.

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