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Fique por dentro das principais notícias dos mercados desta segunda-feira (22)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros hoje

Dólar
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O banco central da China sugere uma possível flexibilização da política, à medida que a crise imobiliária desacelera a economia.

A Europa protesta violentamente contra a reintrodução de bloqueios por causa da pandemia e a imposição de vacinas.

A PEC dos Precatórios não será suficiente para bancar todas as promessas do governo brasileiro. 

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na segunda-feira, 22 de novembro:

1. China sugere flexibilização monetária

O banco central da China deu a entender que vai flexibilizar a política monetária do país, à medida que enfrenta uma desaceleração causada pelos problemas do setor imobiliário.

O Banco Popular da China deixou sua taxa básica de juros inalterada em 3,85% na sua última reunião sobre a política monetária, mas retirou alguns de seus comentários mais agressivos do comunicado que acompanha a decisão.

Ele havia falado anteriormente da necessidade de controlar rigidamente a oferta monetária e não sobrecarregar a economia com estímulos.

O yuan, que tem sido uma das moedas mais fortes dos mercados emergentes durante todo o ano, subiu para 6,3794 em relação ao dólar, continuando a testar o que seria uma alta de 3 anos e meio, enquanto os índices de ações de referência subiram até 1,4%.

2. As limitações da PEC dos Precatórios 

Apesar da PEC dos Precatórios abrir um espaço de R$ 89,6 bilhões no orçamento, é improvável que o Governo Nacional consiga cumprir todas as promessas feitas, como o reajuste salarial para funcionários públicos.

De acordo com cálculos feitos pela economista da Tendências Consultoria e pesquisadora da FGV-Ibre, Juliana Damasceno, e apresentados ao Valor Econômico, as despesas prometidas como Auxílio Brasil, correção de mínimos constitucionais e emendas impositivas, vale-gás, Auxílio diesel, expansão do fundo eleitoral e revisão de gastos indexados ao INPC, já alcançam os R$ 102,7 bilhões.

Isso faria com que ainda faltassem R$ 13,1 bilhões no orçamento, além do total que seria liberado pela PEC dos Precatórios.

3. Mercado americano de ações

As ações dos EUA devem começar a semana claramente em alta, após fechar a semana passada de forma mista, dividida entre uma perspectiva econômica geralmente positiva e o medo de um aperto acelerado da política monetária.

O vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, reconheceu que os formuladores de políticas do Fed podem discutir uma eliminação mais rápida de suas compras de títulos do que o planejado atualmente quando se reunirem novamente no mês que vem.

Às 08h57, os futuros da S&P 500 subiam 0,41%, enquanto os da Nasdaq 100 e do Dow Jones avançavam 0,38% e 0,48%, respectivamente.

O dia está desprovido de indicadores econômicos importantes.

A Zoom Video lidera uma pequena lista de resultados trimestrais, mas somente após o fechamento.

Outras ações em foco incluem a Vonage, que a Ericsson (BS:ERICAs) quer comprar por US $ 6,2 bilhões, e a KKR, que acendeu um incêndio nas ações europeias de telecomunicações com uma oferta pela Telecom Italia (MI:TLIT).

4. A Europa se revolta contra as medidas da Covid-19 

A taxa de inflação da Alemanha atingirá 6% este mês, enquanto a economia desacelerará, alertou o Deutsche Bundesbank em um relatório mensal que coloca o recente aumento nos casos de Covid-19 em toda a Europa em um contexto ainda mais sombrio.

Houve motins contra a reintrodução de restrições de mobilidade na Holanda e na Bélgica no fim de semana, e protestos em menor escala na Itália, Croácia e Áustria, o último dos quais impôs um bloqueio total em todo o país no final da semana passada.

Karl Lauterbach, um importante especialista em saúde do SPD de centro-esquerda que provavelmente chefiará o próximo governo de coalizão, disse no fim de semana que o país não podia mais descartar a obrigatoriedade de vacinação para todos. O euro continuou a lutar abaixo de US $ 1,1300, enquanto isso.

5. O petróleo enfrenta dificuldades após o Japão se aquecer com os planos de liberação de reservas

As notícias da Europa também enfraqueceram o petróleo, o que gerou expectativas de restrições generalizadas à mobilidade nos próximos meses. Instituições como a IEA e a Opep já alertaram que o mercado pode passar de escassez a superávit em função dessa e de outras tendências.

Às 08h58, os futuros de petróleo nos EUA  recuavam 0,74%, a US$ 75,38 o barril, enquanto os de Brent caíam 0,71%, a US$ 78,33.

Na sexta-feira, os dados da CFTC mostraram que as posições compradas especulativas caíram novamente na semana até terça-feira, sugerindo que os players perderam a fé no ímpeto do petróleo em meio a conversas crescentes sobre uma liberação coordenada de reservas estratégicas por grandes consumidores.

O novo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, indicou anteriormente que o Japão estaria aberto a tal movimento.