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PEC dos Precatórios, Auxílio Brasil e recessão técnica da economia brasileira são alguns dos destaques do dia

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- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – A novela da PEC dos Precatórios não se desenrola.

A OPEP e seus aliados se reúnem para decidir se continuam ou não com o aumento da produção em janeiro.

O presidente dos EUA Joe Biden aumenta as restrições aos viajantes que chegam quando a variante Ômicron da Covid-19 chega aos EUA e ganha impulso na África do Sul, mas ainda não está claro o quão mortal pode ser a nova variante e se os medicamentos existentes irão proteger contra ela.  

Os pedidos iniciais de seguro-desemprego serão publicados.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 2 de dezembro:

1. PEC dos Precatórios, Auxílio Brasil e recessão técnica

Em mais um capítulo dessa novela, a votação da PEC dos Precatórios foi adiada para hoje, 02. O líder do governo e relator da medida, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), prometeu novas alterações no seu parecer para conseguir o apoio de PSDB, Cidadania e Podemos.

A principal mudança na PEC discutida no momento se concentra em quando o subteto dos Precatórios deve durar:

“Estamos construindo entendimento para que o subteto possa existir até 2026, e não até 2036”, explicou o relator. Segundo o Valor Econômico, a equipe econômica do governo é contra essa alteração.

Também está programada para hoje a votação da Medida Provisória 1061/21, que institui o Auxílio Brasil, já que a MP perderá a validade no dia 07 de dezembro, se não for sancionada.

Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre caiu -0,1% na comparação trimestral, segundo dados divulgados pelo IBGE, um resultado abaixo da expectativa do mercado, que era de um alta de 0,1%.

O resultado veio igual aos números do trimestre passado de -0,1% e já se pode dizer que a economia brasileira entrou em recessão técnica, quando a atividade econômica retrai por dois trimestres consecutivos.

2. OPEP + encontra aumentos de produção em dúvida

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo se reunirá com seus aliados, liderados pela Rússia, para definir sua política de produção para janeiro.

Os relatórios da Newswire citam fontes próximas à organização que dizem que a discussão será principalmente sobre se irão suspender um aumento de produção planejado de 400.000 barris por dia em janeiro, em resposta à ameaça à demanda representada pela nova variante Ômicron do Covid-19 e ao movimento dos EUA, China e outros grandes importadores para começar a liberar petróleo de suas reservas estratégicas.

A reunião ocorre após dois conjuntos de dados que mostraram que os estoques dos EUA caíram menos do que o esperado na semana passada, e sugeriram um enfraquecimento da demanda final devido aos altos preços e outros fatores.

O cartel já havia alertado em seu último relatório mensal que o mercado global despencaria em superávit no início do ano que vem, antes mesmo da descoberta da Ômicron.

Às 08h59, os futuros de petróleo nos EUA avançavam 1,40%, a US$ 66,50 o barril, enquanto os futuros de Brent sobe 0,99%, a US$ 69,56.

3. Ômicron chega aos EUA e ganha impulso na África do Sul

O número de casos de Covid-19 na África do Sul quase dobrou na quarta-feira, com 74% de todos os novos casos atribuíveis à variante Ômicron.

Essa estatística sugere que em breve a nova cepa vai substituir o Delta como a cepa dominante da doença.

Embora pareça mais transmissível do que o Delta, a incerteza ainda reina sobre o quão mortal a nova cepa pode ser.

O diretor médico da Austrália, Paul Kelly, disse durante a noite que não havia evidências que sugerissem que isso representasse uma ameaça maior de doença grave.

O primeiro caso de Ômicron nos EUA foi confirmado em San Francisco na quarta-feira, um acontecimento que pareceu surpreender mais os mercados do que as autoridades de saúde dos EUA.

Anthony Fauci disse que foi apenas "uma questão de tempo". O presidente Joe Biden anunciou restrições de teste mais rígidas para viajantes que chegam ao país.

4. Mercado de ações americano

Os mercados de ações dos EUA devem abrir em alta e se recuperar da liquidação induzida pela Ômicron na quarta-feira. No entanto, como tem sido o padrão na semana passada, os rebotes são apenas o retrocesso, enquanto o impulso permanece claramente negativo.

Às 09h09, os futuros da Dow Jones subiam 0,915, enquanto os da Nasdaq 100 e da S&P avançavam 0,26% e 0,64%, respectivamente. 

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem Crowdstrike (NASDAQ:CRWD) e Splunk (NASDAQ:SPLK), ambos os quais impressionaram com seus ganhos trimestrais.

Dollar General (NYSE:DG), Kroger (NYSE: KR) e Marvell (NASDAQ:MRVL) todos relatam seus resultados hoje.

Também em foco estará a Apple (NASDAQ:AAPL), que caiu 1,5% no pré-mercado após um relatório da Bloomberg que indicou que a demanda por seu último lote de iPhones enfraqueceu devido a problemas de preço e disponibilidade, e GlaxoSmithKline (NYSE:GSK), que afirma que seu antiviral experimental Sotrovimab parece nos primeiros testes ser eficaz contra todas as variantes conhecidas do Covid, incluído o Ômicron.

5. Reivindicações de desemprego

Espremido entre o relatório da folha de pagamento do ADP e o relatório oficial do mercado de trabalho na sexta-feira, está o exame de saúde mais atualizado do mercado de trabalho, com dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego às 9h30.

Os analistas esperam que os pedidos iniciais tenham recuado para 240.000 na semana passada.

Há também um monte de Fedspeak no decorrer do dia, com o chefe de supervisão bancária cessante Randall Quarles falando às 11h, seguido às 12h30 por Tom Barkin de Richmond, Raphael Bostic de Atlanta e Mary Daly de São Francisco.

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse na quarta-feira que o Fed precisava descontinuar suas compras de ativos mais rapidamente no próximo ano, a fim de criar espaço para quaisquer aumentos nas taxas de juros que sejam necessários.