Internacional

Fique por dentro das principais notícias dos mercados desta sexta-feira (17)

PEC dos Precatórios, Eleições 2022, restrições da China por causa da variante Ômicron, decisões monetárias de Bancos Centrais ao redor do mundo e mais; veja

Dólar
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – A novela dos precatórios se aproxima dos episódios finais, enquanto as eleições de 2022 começam a ganhar espaço no noticiário.

As ações americanas de tecnologia estão prontas para venda à medida que o mundo se ajusta ao fim do dinheiro grátis dos bancos centrais.

A China impõe suas primeiras restrições relacionadas ao Ômicron, enquanto os dados da África do Sul dão mais motivos para otimismo sobre a relativa suavidade da nova variante do Covid-19.

O Banco do Japão se junta à tendência de aperto global com ainda mais hesitação do que o Banco Central Europeu.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na sexta-feira, 17 de dezembro.

1. Planos para 2022

As fatias aprovadas da PEC dos Precatórios foram promulgadas pelo Congresso Nacional, o que na prática, autoriza o governo a não pagar a totalidade de suas despesas judiciais até 2026 e viabiliza o Auxílio Brasil de R$ 400 em 2022.

O período de aferição do Teto de gastos também foi alterado, o que abriu um espaço adicional de R$ 106 bilhões no próximo ano.

O único trecho que não foi aprovado foi a previsão de pagamentos trimestrais de precatórios para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef).

Sobre as eleições de 2022, a recente Pesquisa Datafolha aponta o ex-presidente Lula (PT) com 48% das intenções de votos, o que lhe garantiria uma vitória ainda no primeiro turno.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, com 22%, seguido pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro (Podemos), com 9%, depois o ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT), com 7%, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 4%.

2. Tecnologia sob pressão

As ações americanas de tecnologia devem estender suas perdas de quinta-feira quando forem abertas mais tarde, à medida que um aperto gradual da política monetária em todo o mundo põe fim a uma era de dinheiro grátis para apostas em perspectivas de crescimento de longa duração.

O Nasdaq Composite caiu 2,5% na quinta-feira, sua segunda queda diária de mais de 2% já este mês, enquanto os investidores se desviaram de nomes de crescimento não lucrativos e optaram por nomes ainda mais defensivos, como a Apple (NASDAQ:AAPL) e Nvidia (NASDAQ:NVDA).

As ações da Apple caíram 3,9% na quinta-feira e mais 1,8% no pré-mercado. As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) caíram 1,6%.

Às 08h50, os futuros da Nasdaq 100 caíam 0,66%, enquanto os da S&P 500 e os da Dow Jones recuavam 0,23% e 0,03%, respectivamente. 

3. A China começa a adotar restrições contra a Ômicron

Países em todo o mundo continuaram a adotar medidas de saúde pública para impedir a disseminação da variante Ômicron do Covid-19.

A região chinesa de Guangdong, incluindo sua capital Guangzhou, introduziu suas primeiras – embora localizadas – restrições ao movimento, enquanto a Itália irritou outros Estados membros da UE com novos requisitos de teste para aqueles que chegam do exterior.

Houve notícias melhores da África do Sul, o primeiro país a identificar a variante Ômicron.

Os dados mais recentes indicaram que as taxas de hospitalização estão bem aquém das observadas nas ondas anteriores.

No entanto, os especialistas em saúde alertaram contra a extrapolação excessiva dos dados sul-africanos, devido à distorção jovem de sua população e à disseminação muito maior da vacinação desde a última onda de Covid.

Na Europa, entretanto, houve o primeiro sinal de que os governos terão que reabrir as torneiras de apoio fiscal para amortecer a desaceleração econômica causada pelo último aumento.

A Suécia disse que retomará os pagamentos de auxílio para empresas afetadas pela forte queda na demanda por alguns serviços voltados para o consumidor.

4. Bancos Centrais pelo mundo

O aperto global da política monetária avançou ainda mais durante a noite, com o Banco do Japão dizendo que interromperá suas compras de títulos corporativos e commercial papers em março, conforme planejado.

No que diz respeito às medidas de aperto, isso está no mesmo nível da promessa do Banco Central Europeu de reduzir a flexibilização quantitativa a partir de março de 2022.

Não há indícios de nenhum dos bancos centrais aumentar as taxas de juros no próximo ano.

Em contraste, o Banco Central da Rússia aumentou sua taxa básica em mais 100 pontos base, para 8,5%.

Isso segue os aumentos das taxas de juros na Noruega, Reino Unido e México na quinta-feira (os dois últimos dos quais foram surpresas hawk).

A Colômbia deve aumentar sua taxa básica em 0,5% mais tarde.

5. O petróleo continua sofrendo com os temores da demanda

Os preços do petróleo bruto recuaram, devido às preocupações de que a disseminação das restrições à mobilidade e o aumento do medo de infecção afetarão a demanda em um futuro próximo.

Às 08h56, os futuros de petróleo nos EUA caíam 1,82% a $ 71,06 o barril, enquanto os de Brent recuavam 1,8% a $ 73,67 o barril, não impressionado com uma previsão da Goldman Sachs (NYSE:GS) de que os preços podem chegar a US $ 100 no ano novo, à medida que a demanda global atinge um novo recorde histórico.

No Brasil, onze empresas, que vão da Exxon Mobil (NYSE:XOM) à Shell (NYSE:RDSa), inscreveram-se para disputar dois campos offshore, conhecidos como Sépia e Atapu. Os ativos, ambos localizados no pré-sal, têm um bônus de assinatura combinado de R$ 11,14 bilhões, com o governo pedindo R$ 7,138 bilhões por Sépia e R$ 4 bilhões por Atapu.