Os fundos de investimento registraram resgates líquidos de R$ 64 bilhões no mês de maio, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O montante é a diferença entre R$ 850,5 bilhões de aportes e R$ 914,5 bilhões de saques no período.
Todos as classes de fundos tiveram retiradas liquidas – a exceção foram os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) com captação líquida positiva de R$ 817,5 milhões.
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A renda fixa fechou no vermelho pela primeira vez no ano, com R$ 22,3 bilhões. No entanto, dois saques concentrados em dois fundos somaram R$ 62,8 bilhões. No ano, a renda fixa acumula captação líquida positiva de R$ 97,9 bilhões – a maior de todas as classes. Os multimercados registraram retiradas líquidas de R$ 12,2 bilhões e os fundos de ações de R$ 9,4 bilhões.
“Os fundos de renda fixa continuam com apelo entre os investidores, mas movimentos concentrados de mercado acontecem e podem distorcer um pouco o comportamento da classe no mês”, explica Pedro Rudge, vice-presidente da Anbima.
Desde o começo do ano, o patrimônio líquido da classe de ações caiu 11,6%. Em maio de 2021, quando a taxa Selic estava em 3,5%, houve aumento de 12,2% entre janeiro e maio. O número de contas acompanhou o patrimônio: caiu 2% na comparação entre abril de 2022 e abril de 2021.
Rentabilidades
Entre os tipos de fundos de renda fixa, duração alta grau de investimento (investe, no mínimo, 80% da carteira em títulos públicos e ativos de baixo risco) teve maior rentabilidade no mês com 1,27%. Em ações, o destaque ficou com monoação (aplica apenas em ações de uma única empresa) com 6,20%. Nos multimercados, o tipo multimercados balanceado (busca retorno no longo prazo por meio da compra de diversas classes de ativos) teve retorno de 1,55%.