Uma das modalidades mais comuns de investimento no Brasil são os fundos de investimento imobiliários, os FIIs.
Segundo a plataforma Smartbrain, até o fechamento de julho deste ano, 74% dos FIIs (ou 161 deles) listados na B3, a bolsa de valores brasileira, deram retorno positivo aos seus cotistas, a despeito dos desafios que a crise sanitária da Covid-19 ainda traz para a economia.
Resultados como esse, aliados à tradição que os investidores brasileiros sempre tiveram de ver o investimento em imóveis como seguro, estável e rentável, ajudaram a popularizar os FIIs.
Para quem está interessado em investir nesse tipo de fundo é importante saber a diferença entre os dois tipos principais: fundos de “tijolo” e de “papel”. Esse é o seu caso? Então confira!
Fundos de tijolo
Os fundos de tijolo – ou de renda – são aqueles que investem em ativos físicos, como imóveis urbanos ou rurais, com fins comerciais ou residenciais. Alguns exemplos são prédios de escritórios, galpões logísticos, hospitais, hotéis, lajes corporativas, lojas e até shopping centers e supermercados.
Os rendimentos desse tipo de fundo provêm da renda obtida pela locação ou venda desses imóveis quando se valorizam. Como os aluguéis geram uma renda mensal, os FIIs transformam esses valores em dividendos mensais para os cotistas.
Por isso, os fundos imobiliários de tijolo também podem ser considerados excelentes opções para quem está montando uma carteira de investimentos para geração de renda passiva na aposentadoria.
Fundos de papel
Os fundos de papel – ou de recebíveis – investem o patrimônio dos cotistas em títulos, ações e outros ativos comercializados na bolsa e estão ligados ao setor imobiliário – como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário).
Também é comum que esse tipo de FII aplique em cotas de outros fundos de investimento imobiliário.
Entre os dois, qual escolher?
Apesar das diferenças entre os fundos de tijolo e de papel, grande parte das vezes os FIIs são “híbridos”, isto é, têm uma parte do patrimônio investido em imóveis físicos e outra em ativos do mercado financeiro.
Dessa forma, os gestores conseguem melhores oportunidades para rentabilizar o fundo com a renda variável, enquanto os ativos físicos trazem estabilidade e proteção para a carteira.
Tem interesse em investir? Antes de escolher seu FII, estude as aplicações realizadas pelo fundo e leia muito sobre o momento do mercado imobiliário nas regiões onde estão localizados os imóveis ou projetos financiados por ele.
Outra fonte de referência para escolher seu FII é o IFIX – Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários da B3.
Assim como o Ibovespa reúne as principais ações da bolsa, esse índice é composto pelos FIIs mais negociados da B3. Embora não signifique que eles terão melhor desempenho que outros, nesses fundos a liquidez é maior, o que facilita caso em algum momento você queira se desfazer de alguma cota.