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O que evitar ao investir em fundos imobiliários, segundo a XP

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Em podcast publicado nesta semana, especialistas da XP Investimentos revelam qual é o ativo que deve ser evitado ao investir em fundos imobiliários (FIIs). Ao longo do episódio, eles também comentam suas apostas positivas para o acionista.  Aplicar em imóveis variados têm atraído investidores para ativos imobiliários, modalidade de investimento em renda variável na qual a  propriedade é dividida entre vários acionistas, por meio de cotas negociáveis. Mas orientação de analistas é importante ao considerar FIIs, principalmente quando a intenção é viver da renda dos mesmos.  Leia mais: Vale a pena investir em fundos imobiliários? 

Agências bancárias: instáveis no longo prazo  

Na opinião dos analistas Renan Manda e Luis Arouca, fundos que investem em agências bancárias não são um bom caminho, pois esses pontos de atendimento geralmente possuem contratos longos de aluguel. “Existe um retorno alto, mas não compensa o baixo lastro desses tipos de ativos”, resume Arouca. Isso porque não existe garantia de renovação de aluguel ao fim dos contratos e o acionista corre o risco de lidar com vacância alta no portfólio.   Ele complementa que é possível notar, no dia a dia, a diminuição do número de agências bancárias nas ruas, o que demonstraria na prática os riscos do segmento. “Existem hoje bancos digitais, que não têm espaços físicos, e outras plataformas de investimento. Empresas tradicionais oferecem outros tipos de serviço que não competem à agência.”  Fundos do gênero são desaconselhados principalmente a quem espera viver de renda no longo prazo. Renan Manda explica que “o dividendo é maior que a média, mas os riscos são mais altos.”

Em que FIIs investir?

Por outro lado, segundo Manda, lajes corporativas são uma boa opção de ativos imobiliários no momento, pois apresentam vacância em queda. “Hoje existem oportunidades boas em que não se precisa apostar muito em melhora do ciclo, porque a receita já está lá, como galpões logísticos e shopping centers,” finaliza. “Mas não é porque as lajes estão em recuperação que podemos comprar qualquer tipo de fundo”, contrapõe Arouca. Para ele, o mais importante é considerar os detalhes, como a cidade e o bairro da propriedade, e quais negócios dentro das lajes são interessantes. A conclusão entre os analistas é que lajes corporativas são “janelas de investimento em que já se tem rendimento hoje, portfólio com boa qualidade e risco até mais baixo.” Ouça o episódio na íntegra