A chegada do furacão Milton à Flórida, nos Estados Unidos (EUA), provocou uma série de estragos na noite de quarta-feira, 9 de outubro, e na madrugada de quinta-feira, 10.
Cerca de duas milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica e a costa oeste da Flórida enfrentou inundações significativas.
Apesar de o fenômeno ter perdido força durante a madrugada, os perigos permanecem, com o alerta de meteorologistas para o potencial de danos.
Espera-se que o evento possa gerar perdas significativas que chegam a até US$ 100 bilhões para o setor de seguradoras em todo o mundo.
Como o furacão Milton chegou
O furacão tocou o solo por volta das 21:30 de quarta-feira, com ventos que alcançavam até 205 quilômetros por hora, de acordo com informações do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
Às 23:50, as rajadas de vento diminuíram para 165 quilômetros por hora, e, por volta das 2:00, estavam em 145 quilômetros por hora.
Mesmo com a redução, os danos causados foram significativos.
Rastros de destruição e inundações causadas pelo furacão Milton
Na madrugada desta quinta-feira, mais de 2 milhões de residências estavam sem energia em todo o estado da Flórida.
Em Fort Meyers, uma das áreas mais afetadas, as ruas ficaram alagadas.
Antes mesmo de tocar o solo, Milton já havia causado estragos.
Pelo menos dezenove tornados se formaram, e resultaram na destruição de cento e vinte cinco imóveis e derrubadas de árvores em diversas regiões.
Desde então, equipes de busca e resgate estão ativas.
O que aguardar do furacão Milton para as próximas horas?
À medida que o furacão Milton avança pelo interior da Flórida, as previsões indicam que a tempestade deve continuar a perder força até retornar ao Oceano Atlântico.
Entre as expectativas das autoridades estão:
- Período no solo: O furacão deve permanecer sobre a Flórida até pelo menos sexta-feira, 11 de outubro.
- Danos previstos: Espera-se que o furacão Milton deixe um rastro de destruição, com casas afetadas e quedas de árvores.
- Rodovias comprometidas: Diversas rodovias podem ser bloqueadas ou precisar de limpeza após a passagem da tempestade.
- Abrigos: O governo local reiterou a importância de que os moradores permaneçam em abrigos até que a tempestade cesse.
- Apoio às vítimas: Equipes de socorro estão posicionadas e prontas para resgatar vítimas, conforme as condições climáticas permitirem.
Mobilização de recursos federais
Autoridades federais dos EUA foram enviadas à Flórida para coordenar os serviços de emergência e fornecer assistência.
A passagem do furacão Milton impactou diretamente a Baía de Tampa, onde mais de 3 milhões de pessoas residem.
Milhares de moradores foram evacuados de áreas vulneráveis e encaminhados para abrigos, o que criou uma situação de cidades-fantasmas em algumas regiões e congestionou as vias de acesso.
A corrida para deixar a área resultou na escassez de gasolina em postos de combustíveis.
A preocupação da população
Além da escassez de gasolina, muitos moradores começaram a estocar água e alimentos, e as prateleiras de supermercados ficaram vazias.
De acordo com o g1, vários brasileiros que vivem na região relataram dificuldades para se proteger adequadamente das intempéries.
Como se posicionaram Biden e DeSantis
O presidente Joe Biden destacou o potencial de destruição que o furacão traz consigo e assegurou que equipes federais estão a caminho da Flórida para coordenar os trabalhos de emergência.
O governador do estado, o republicano Ron DeSantis, fez um apelo à população:
Busquem abrigo imediatamente e permaneçam em locais seguros. As equipes de resgate estão prontas para atuar assim que as condições climáticas permitirem.
Passado recente de desastres como o furacão Milton
Vale lembrar que a costa oeste da Flórida ainda se recupera da passagem do furacão Helene, que causou severos danos e resultou em diversas fatalidades.
Com a interrupção de voos nos aeroportos de Tampa e Orlando, e o fechamento de grandes parques temáticos, como os da Disney e da Universal, a situação ficou ainda mais crítica.
Temporada de furacões
Cientistas expressam surpresa com a atual temporada de furacões no Atlântico, a qual foi classificada como a mais estranha já registrada, com cinco fenômenos formados entre setembro e outubro.
O aquecimento das águas, especialmente no Oceano Atlântico Norte, combinado com a transição para o fenômeno La Niña, pode ser a causa que motiva a intensidade observada.
No caso do furacão Milton, este se intensificou de tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em um curto espaço de quarenta e seis horas, uma das acelerações mais rápidas já documentadas.
Em sua passagem pelo México, os danos foram menores, sem relatos de mortes ou feridos.
As informações são do g1.