Governo brasileiro não descarta transferir embaixada para Jerusalém

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O governo não descartou a ideia de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A mudança é uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, mas esta semana ele sinalizou a possibilidade de abrir um escritório de negócios em Jerusalém, em vez da levar toda a representação diplomática para a cidade.

De acordo com o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, todas as alternativas estão em estudo. “Naturalmente, a partir desses estudos, nós iremos verificar qual é a melhor linha de ação. Pode, a partir dessas linhas de ação, sequer ser colocado um escritório [de negócios] ou até a própria instalação da embaixada naquela cidade”, afirmou.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitam a  sinagoga Kehilat Yaacov, em Copacabana, no Rio de Janeiro

 Bolsonaro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que visitou o país no ano passado – Fernando Frazão/Agência Brasil

A cidade de Jerusalém está no centro de confrontos e disputas entre palestinos e israelenses, pois ambos reivindicam o local como sagrado. Além disso, a região de Jerusalém Oriental é considerada como capital de um futuro estado palestino.

Para evitar o agravamento da situação, os países consideram Tel Aviv como a capital administrativa de Israel, onde ficam as representações diplomáticas internacionais. Mesmo assim, em dezembro de 2017 o governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a decisão de transferir a embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém.

Neste sábado (30), Bolsonaro e uma comitiva de quatro ministros, além de parlamentares, embarcam para Israel para uma visita oficial três dias. O governo pode assinar até quatro acordos de cooperação em áreas como segurança pública, defesa, ciência e tecnologia. O retorno está marcado para a próxima quarta-feira (3).