O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota neste sábado (12) onde reitera “compromisso” do governo brasileiro “de favorecer a solução pacífica da controvérsia territorial entre a Venezuela e a Guiana”.
O “diferendo Venezuela-Guiana” é em torno de uma área de fronteira. A controvérsia existe há um século, mas foi reacendida por causa da exploração de petróleo no litoral da Guiana.
Conforme noticiou a Agência Brasil na véspera do Natal, o governo Nicolás Maduro acusou a Guiana de violar a soberania da Venezuela após a incursão de dois navios contratados pela companhia transnacional ExxonMobil.
“Dada à flagrante violação de nossa soberania por navios de exploração de petróleo contratados pela Guiana, a Marinha Bolivariana começou a aplicar os protocolos pertinentes, com rigor e estrita adesão a acordos e tratados internacionais”, disse o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
O Itamaraty condicionou sua contribuição ao desfecho da crise política na Venezuela. “O Governo brasileiro estará pronto a contribuir junto à Venezuela para um diálogo frutífero com a Guiana, e vice-versa, quando haja um governo legítimo em funcionamento em Caracas”.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que o governo brasileiro “reitera, ademais, seu apoio à decisão do Presidente da Assembleia Nacional [Juan Guaidó] legítima da Venezuela de assumir constitucionalmente a Presidência da Venezuela”.