O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD-MG), anunciou nesta sexta-feira (11) que o governo federal vai se reunir na próxima terça-feira (15) para decidir sobre a possível reintrodução do horário de verão.
O anúncio foi feito após sua participação no Fórum Internacional, do grupo Esfera, em Roma, na Itália.
De acordo com Silveira, a decisão sobre o retorno do horário de verão vai ser baseada em critérios técnicos e sociais.
Se for determinado que o País necessita da medida, a implementação deve ocorrer de forma imediata para permitir que setores, como aviação e segurança pública, possam se preparar adequadamente.
“Se for agora, tem que ser de imediato para que os setores se planejem. Se for decretado, não pega a eleição”, explicou o ministro.
Avaliação do horário de verão
A análise sobre a necessidade do horário de verão tem sido feita em conjunto com a equipe técnica do Ministério de Minas e Energia.
Silveira destacou que, se houver risco energético, o horário de verão vai ser uma prioridade.
No entanto, caso não haja essa urgência, os custos e benefícios da medida serão cuidadosamente analisados antes de qualquer decisão final.
O ministro também relembrou que o horário de verão se trata de uma política pública adotada em diversos países desenvolvidos, e que sua reintrodução no Brasil não deve ser tratada como uma questão ideológica.
“O fim do horário de verão em 2019 pode ter contribuído para o Brasil quase enfrentar um colapso energético em 2021”, afirmou, em referência à crise hídrica que levou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à época, a recorrer a usinas térmicas em caráter emergencial.
Sustentabilidade energética e políticas públicas
Durante o fórum, Silveira destacou a importância das usinas hidrelétricas no fornecimento de energia para o Brasil e mencionou as construções de Belo Monte e Santo Antônio como exemplos de projetos essenciais para a sustentabilidade energética do país.
Segundo o ministro, sem essas usinas, o Brasil dependeria ainda mais de usinas térmicas, o que resultaria em custos mais altos para o consumidor.
Apesar de defender o horário de verão como uma política pública eficiente, o ministro ressaltou que a medida somente deve ser adotada se for considerada imprescindível para garantir o fornecimento de energia e evitar impactos financeiros adicionais ao País.