De acordo com informações dos repórteres Altamiro Silva Junior e Talita Nascimento para a Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo, o grupo francês Casino condiciona a venda do colombiano Éxito à separação total de bens do Grupo Pão de Açúcar (GPA)(PCAR3).
As duas propostas formalizadas por Jaime Gilinski não atenderia plenamente os interesses do grupo Casino, de acordo com a apuração, embora houvesse a leitura de que a operação seria positiva uma vez todo o valor iria para o seu negócio e seu endividamento, consequentemente, diminuiria, o que seria ótimo para a companhia e os acionistas minoritários.
Foi esse conflito de interesses entre o controlador e o acionista minoritário que fez a varejista brasileira demover-se da proposta.
A coluna aponta que, caso a venda do Éxito acontecesse hoje, a parte que cabe ao Casino ficaria presa na varejista, o que atrapalharia o grupo francês, que procura ter acesso mais rápido a esse recurso. A apuração relembra que o Casino possui uma dívida de curto prazo de mais de 4 bilhões de euros.
“O Casino quer fazer isso porque se o GPA vender o Éxito, o caixa vai para o GPA. Se for empresa separada, irmã do GPA, o dinheiro vai para o Casino”, disse uma fonte. “Ao se tornar empresa irmã, a estrutura acionária da Éxito vai ser idêntica a do GPA”, complementou.
Agora, o Grupo Pão de Açúcar aguarda o fim do processo de cisão do Éxito e, assim, a venda levaria os recursos diretamente ao caixa do Casino.
As informações são dos repórteres Altamiro Silva Junior e Talita Nascimento para a Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo.
Leia mais: GPA (PCAR3): ajustes operacionais ainda pressionam rentabilidade, pontua XP