O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino venezuelano, declarou hoje (25) que não se terá nenhum “falso diálogo” com o presidente Nicolás Maduro.
Nesta sexta-feira, Maduro disse estar disposto a se encontrar Guaidó e com os demais líderes oposicionistas. Ele disse que está aberto ao diálogo e à negociação. Em entrevista coletiva, concedida no Palácio Miraflores, sede do governo, Maduro disse que se a oposição se abrir “a um diálogo razoável, sincero e à favor dos interesses da maioria dos venezuelanos”, estará aberto a um encontro.
Guaidó participou de um ato em Caracas, onde recusou a possibilidade de conversar com Maduro. “Que o usurpador [Maduro] deixe o cargo, se estabeleça um governo de transição e tenhamos eleições livres. [Eles] creem que vamos nos cansar, que isto [os protestos] vai se desinflar. Mas aqui, nada se cansa, nem se rende”, discursou.
Há dois dias, Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela. A iniciativa obteve apoio do Brasil, dos Estados Unidos, da Organização das Nações Unidas (ONU), da Organização dos Estados Americanos (OEA), além de vários países individualmente.
O impasse na Venezuela permanece, pois Maduro não reconhece a legitimidade de Guaidó, agravando a crise política, econômica e humanitária no país. Nesta sexta-feira, a alta comissária da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenou a violência que tem permeado os protestos organizados na Venezuela.
* Com informações da Agência Télam, agência pública de notícias da Argentina