Por Agência EY – No moderno ambiente de negócios, alguns termos ainda são pouco conhecidos do grande público, mas ganham força no dia a dia das empresas no Brasil e no exterior.
As pessoas conhecem as famosas startups – empresas novas que surgem e conquistam rapidamente o mercado a partir de projetos ou ideias inovadoras. Mas há também as scale-ups – que seria um estágio posterior das startups, quando a empresa já está em crescimento acentuado.
Ou seja, enquanto a startup está em estágio inicial e, em geral, ainda é de pequeno porte, a scale-up já ganhou uma boa tração e é altamente escalável, despertando o apetite dos investidores. Podemos citar como exemplos clássicos de scale-ups companhias como Airbnb, Nubank, Uber e iFood.
Diante disso, uma nova geração de scale-ups em mercados emergentes tem chamado a atenção de grandes fundos de investimentos, tanto pela qualificação de seus empreendedores como pelo potencial de crescimento no mercado. O fenômeno impulsiona o chamado venture capital, outro termo pouco conhecido do grande público.
O venture capital, ou capital de risco, é uma modalidade de investimento focada em empresas de pequeno e médio porte que possuemgrande potencial de crescimento, mas ainda são muito novas e têm faturamento baixo.
O objetivo desse tipo de investimento não é apenas colocar capital na empresa para ela crescer, mas também influenciar no andamento e na gestão do negócio, contribuindo para que ele ganhe valor e desenvolva todo um ecossistema empreendedor.
Em 2020, o venture capital somou US$ 3,5 bilhões em aportes na América Latina.
A modalidade avança muito na região, em especial no Brasil, mas ainda é pouco conhecida e o acesso a esse tipo de capital ainda é difícil por parte das scale-ups, principalmente pela falta de compreensão do ecossistema empreendedor.
Para se ter uma ideia, dentre as empresas apoiadas atualmente pela rede aceleradora de scale-ups Endeavor, mais da metade (53%) tem pouco conhecimento sobre o ecossistema de capital de risco, o que dificulta o acesso a financiamentos, principalmente nas fases iniciais e de expansão dessas empresas.
Por esse motivo, a Endeavor lançou o guia Venture Capital para Scale-Ups, que ensina como acessar fundos de investimentos, os critérios para receber financiamentos e mecanismos de governança, entre outras orientações.
“Empreender no Brasil sempre foi algo desafiador, sob qualquer aspecto, e garantir os investimentos necessários para que o negócio seja bem-sucedido representa outro passo nessa jornada. Muitos não atingem esse objetivo por não saberem como funciona o mercado de capital de riscos”, diz Raquel Teixeira, sócia da EY para Mercados e Líder da EY Private Latam South. A EY é patrocinadora do projeto.
Dividido em quatro partes, o guia mostra como os fundos são estruturados; como os investidores selecionam as scale-ups a serem investidas e como é o relacionamento entre empreendedor e o investidor. Tudo isso a partir dos desafios, erros e acertos vivenciados por empresas apoiadas pela Endeavor e com recomendações feitas pela rede.
A publicação não se resume às formas de acesso a esse tipo de capital, mas é um fomento ao empreendedorismo de impacto e a geração de empregos no país.
Confira o guia aqui.