Em fala nesta para jornalistas nesta segunda-feira (25), o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) afirmou que a votação da medida provisória que institui o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, o chamado “Desenrola Brasil” seria “imprescindível” para o funcionamento da política pública.
Também durante a conversa, ocorrida após a participação de Haddad em um evento organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na cidade de São Paulo, o ministro disse que terá uma reunião nesta semana com Rodrigo Cunha (Podemos-AL), relator da matéria no Senado Federal, para dar tratamento ao assunto. Para não perder a validade, a medida precisa ser aprovada na asa legislativa até 3 de outubro.
“É imprescindível a votação da medida, porque ela caduca antes do término do programa. Vamos esclarecer ao relator que ela tem que ser votada. Já foi votada na Câmara, é só votar no Senado agora”, disse Haddad.
“Nesta semana, faremos o leilão reverso, de quem dá mais desconto e tem melhores chances de reaver seu crédito. É uma semana do credor. Depois vamos abrir para os devedores concordarem ou não com os descontos concedidos e fazer a contratação do parcelamento, se for o caso”, continuou, ainda.
Durante a primeira etapa do programa Desenrola, foram renegociados R$ 13,2 bilhões entre bancos e 1,6 milhão de clientes negativados. Para a segunda fase do programa, que englobará o varejo, há uma expectativa de que sejam enegociados quase R$ 79 bilhões de dívidas de até R$ 5 mil, contemplando mais de 30 milhões de pessoas.