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Haddad fala sobre taxação de ricos e 'multilateralismo ineficaz' no G20

Ministro da Fazenda caracterizou 'policrise' e defendeu 'justa cota de impostos'

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O ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, está nesta sexta-feira (13) em Marrakech (Marrocos) para encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e dos ministros das Finanças do G20. Ao longo da ocasião, o político colocou em pauta a taxação dos ricos e uma “policrise”.

No seu discurso, Haddad afirmou necessário que os mais ricos paguem sua “justa cota de impostos”, o que foi colocado como um dos fatores essenciais para que o Brasil alcançasse a agenda proposta pelo grupo.

“Precisamos urgentemente melhorar as nossas instituições financeiras internacionais, fazer com que os mais ricos paguem sua justa cota de impostos, tratar do problema da dívida em um número crescente de países da África, Ásia e América Latina, e, de maneira eficiente, mobilizar recursos públicos e privados para uma economia global mais verde e sustentável”, afirmou.

O ministro brasileiro também defendeu a necessidade de uma nova e bem coordenada estratégia econômica global, que chamou de “multilateralismo do século XXI”, para fazer frente aos efeitos econômicos desta “policrise”.

Tratando de regiões específicas, Haddad colocou que as taxas de crescimento moderadas, observadas na África e na América Latina, como fatores que dificultam a resolução duradoura das desigualdades sociais. Para ele, no Norte Global, os juros poderão permanecer mais elevados por mais tempo e as perspectivas econômicas continuam ameaçadas por riscos geopolíticos e medidas econômicas unilaterais.

“Além de desafios globais abrangentes como esses, crises locais agudas exigem respostas urgentes e decididas de vários governos e da comunidade internacional como um todo”, disse.

Quanto a economia mundial, ele afirmou, ainda, que ela está em um "momento crítico". Ele completou: “Em vez do triunfo da globalização e de uma ordem mundial liberal centrada no livre comércio, o que vemos hoje é uma crescente fragmentação geoeconômica e um multilateralismo ineficaz, para não falar de uma nova crise da dívida no Sul Global e uma catástrofe ambiental iminente”.