Economia

Haddad diz que veto a desoneração foi necessário e que governo seguirá fazendo revisões fiscais

Para ele, o governo deve seguir o plano de conter os gastos primários, resolver a questão dos custos tributários e baixar o gasto financeiro, com a continuidade dos cortes da Selic

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) - Diogo Zacarias, para o Ministério da Fazenda
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) - Diogo Zacarias, para o Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta sexta-feira (24) que o veto à prorrogação da desoneração da folha salarial foi necessário porque a medida é inconstitucional, destacando que o governo continuará a fazer revisões de incentivos tributários que estão comprometendo as contas da União.

Para o ministro, é necessário resolver os problemas das contas públicas que já se acumulam há cerca de uma década, mas sem distorções. Segundo ele, o governo deve seguir o plano de conter os gastos primários, resolver a questão dos custos tributários e baixar o gasto financeiro, com a continuidade dos cortes da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira.

Na visão de Haddad, dessa forma o país conseguiria crescer de forma mais sustentável.

O "populismo do governo passado às vésperas das eleições" em 2022, segundo Haddad, foi responsável por um rombo bilionário nas contas públicas e que o atual governo está recorrendo ao Congresso para conseguir arcar com o prejuízo.