O governo Lula (PT) está em processo de avaliação sobre a possível reintrodução do horário de verão, que foi revogada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A expectativa de uma decisão é até a próxima semana.
A medida está sendo considerada como uma estratégia para diminuir a demanda do sistema elétrico, em um cenário de seca nos reservatórios.
O Ministério de Minas e Energia (MME) argumenta que o horário de contribuiria para a segurança do sistema elétrico. Além disso, a medida também ajudaria a evitar o uso excessivo de usinas térmicas, que geram energia a um custo mais alto e, por consequência, podem aumentar as tarifas para os consumidores.
Extinção do horário de verão
O horário de verão foi abolido em 2019 sob a administração de Jair Bolsonaro, e sua reavaliação foi recomendada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante uma reunião no dia 19 de setembro.
Questões de tarifas
O ministro Alexandre Silveira ressaltou que, apesar de não haver risco de falta de energia para 2025, as questões relacionadas às tarifas são importantes para a decisão final.
Ele se comprometeu a concluir uma análise abrangente que leve em consideração a necessidade ou não de restabelecer o horário de verão, destacando que os impactos tarifários são um fator determinante na escolha a ser feita.
Resistência a volta do horário de verão
Setores como a aviação expressaram preocupações, apontando a necessidade de pelo menos 180 dias para ajustar suas operações.
Além disso, as discussões sobre a medida também envolveram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A intenção é garantir que qualquer mudança não interfira nas eleições municipais, cujo segundo turno está marcado para o dia 27 de outubro.
Porém, uma pesquisa feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que o horário de verão é bem abraçado pela população. Com três mil pessoas, o levantamento aponta 54,9% dos entrevistados apoiam a aplicação medida ainda esse ano.