Nesta sexta-feira (16), o Banco Central divulgou o IBC-Br referente ao mês de abril. A variação mensal foi de +0,56% no mês, enquanto o consenso apontava para +0,2%.
O indicador é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). E agora, sinal positivo para a economia brasileira?
Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero, pontua que em razão da conjuntura atual, a expectativa é por uma desaceleração gradual da atividade econômica ao longo deste ano.
Segundo o estrategista, os principais motivadores do movimento são o juro elevado que desencoraja o consumo, a perspectiva de indústria mais enfraquecida e o setor de serviços desacelerando.
"A demanda das famílias, diante da perda de dinamismo da renda e da massa de renda do trabalho, alinhada ao contexto de menor concessão de crédito e inadimplência elevada, tende a limitar o desempenho da economia", destaca.
Do lado positivo, ele destaca que o panorama macroeconômico doméstico mais positivo, com a aprovação do novo arcabouço fiscal, contribui para a ancoragem das expectativas de inflação.
Neste sentido, o Banco Central terá sinal verde para iniciar o ciclo de cortes da Selic (taxa básica de juros) em breve, o que deve impulsionar a atividade.