O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, abriu o pregão desta sexta-feira (15) em queda, com dados econômicos, como o IBC-Br apontando o estrago econômico da pandemia. Por volta das 10h10, as perdas eram de 0,06%, aos 78.962,14 pontos.
O dólar ampliou a alta sobre moedas emergentes, mas teve alívio ontem frente ao real, com a diminuição das tensões políticas internas. Hoje, com a aversão a risco renovada, a moeda norte-americana registrava valorização de 0,66%, cotada a R$ 5,859.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei 225 fechou com alta de 0,62%. Já a bolsa de Xangai encerrou a sessão com perdas de 0,07%.
Na Europa, DAX 30 avançava 0,67% e FTSE 100 tinha alta de 0,75%. CAC 40 perdia 0,21%.
Nos Estados Unidos, os futuros operavam em campo negativo, apontando para queda na casa de 1%.
EUA x China
A briga entre Pequim e Washington ganhou mais um capítulo ontem, com novas declarações do presidente Donald Trump em entrevista. O líder norte-americano disse que não queria falar com seu contraparte chinês no momento e sugeriu a possibilidade de cortar as relações com a nação asiática.
Enquanto isso, a China reportou avanço de 3,9% na sua produção industrial de abril, apesar de resultados menos animadores nos setores de serviços e varejo.
Prévia do PIB
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na manhã de hoje, mostrou retração de 1,95% no primeiro trimestre, maior queda da série histórica. O índice, além de antecipar dados do PIB, é utilizado pelo BC para tomada de decisões, como a Selic, a taxa básica de juros.
Balanços
Antes do fechamento, o mercado espera os balanços de JBS e Ser Educacional. Depois do fim do pregão, é a vez de Eneva e Even.
Em Brasília
As tensões se renovaram com a divulgação da transcrição da reunião ministerial citada por Sérgio Moro como prova da tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na PF. A Advocacia Geral da União entregou trechos preocupantes das falas do presidente:
“Eu não vou esperar f… minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira.”
Por outro lado, Bolsonaro se encontrou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após meses de conflito. A frente de guerra do presidente agora se volta para os governadores: em encontro com empresários, ele pediu que fizessem “jogo duro” contra as autoridades estaduais.