
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou o pregão desta terça-feira (29) em queda de 0,58%, com 107.556,26 pontos.
Especialistas apontam que um dos fatores para o recuo pode ser para realização de lucros, uma vez que ontem (28) fechou mais uma vez em sua máxima histórica, com 108.187 pontos. Além disso, o dia teve muitas oscilações por conta dos bancos e da Vale, que tiveram baixas.
Dólar
Na direção oposta, após muita oscilação, o dólar comercial ameaça recuperou seus valores no final do dia. A alta foi de 0,283%, cotado a R$ 4,00.
Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:
Queda do preço do petróleo
O petróleo caiu 2% ao longo do dia, o que gerou oscilação nos preços da Petrobras (PETR4) também.
Balanços
Hoje a temporada de balanços continua a todo vapor. As empresas que devem revelar seus resultados hoje são a Magazine Luiza (MGLU3), Cielo (CIEL3), Multiplan (MULT3), Smiles (SMLS3), Raia Drogasil (RADL3), Eletropaulo (ELPL3), Duratex (DTEX3) e Ecorodovias (ECOR3).
Vale
O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a tragédia em Brumadinho (MG) propôs no parecer o indiciamento das empresas Vale (VALE3), TÜV SÜD e de mais 22 pessoas. Hoje, está prevista sessão que vai discutir o parecer. Assim, os números da mineradora fecharam em baixa de 0,10%.
EUA e China
Ontem, segundo a XP Investimentos, os Estados Unidos anunciaram que estariam considerando renovar por até doze meses as exclusões tarifárias sobre US$ 34 bilhões de produtos chineses. A notícia é positiva para os mercados uma vez que sugere que os países caminham para um acordo.
Fed
Os mercados de ações dos EUA abriram em baixa. O fator se deve à reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve que foi iniciada hoje.
Copom
Na mesma direção, aqui no Brasil, a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se inicia nesta terça-feira. O consenso do mercado é que novos cortes serão realizados, com a maioria dos analistas apostando em uma redução da taxa Selic de 0,50 ponto percentual, para 5% ao ano. Amanhã, os dois países devem concluir o corte no final da reunião.
Brexit
No Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, segue tentando antecipar o divórcio com a União Europeia. Além disso, o adiantamento das eleições gerais, mas esse projeto foi rejeitado pelos deputados, pela terceira vez.
Assim, Johnson deve apresentar um projeto de lei para que tal aprovação dependa de maioria simples, e não de dois terços dos votos, e que a eleição ocorra em 12 de dezembro. Enquanto isso, o Brexit segue previsto para 31 de janeiro.
Agenda econômica nacional
Na agenda doméstica, o ministro da Economia, Paulo Guedes, entregará esta semana ao Congresso uma agenda de propostas. As expectativas dos analistas é de que as iniciativas foquem na reforma administrativa, na PEC emergencial, na PEC DDD (desvincular, desindexar e desobrigar), no pacto federativo e no programa de ajuda aos Estados.
Por fim, as medidas para o emprego serão divulgadas entre sexta-feira e segunda-feira.