O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou o pregão desta segunda-feira (09) perto da estabilidade, com queda de 0,13, aos 110.977,23 pontos.
A alta se deu, principalmente, às ações da Smiles e da Gol, que lideram os ganhos do mercado na tarde de hoje, somado ao otimismo dos indicadores econômicos positivos da semana passada e à expectativa de um reaquecimento da economia.
Dólar
Na mesma direção, o dólar comercial encerrou em queda ante o real nesta segunda-feira, registrando, assim, a sexta baixa consecutiva.
Cotada a R$ 4,1285 e com queda de 0,398%, a moeda atingiu o menor patamar em um mês.
As performances dos marcadores podem ser explicadas pelos principais acontecimentos do dia:
Cenário externo
Os mercados internacionais operam com cautela, com a expectativa do Banco Central americano (Fed), que deve manter a taxa de juros inalterada, após seguidos cortes de julho e outubro.
Os avanços nos acordos entre EUA e China para o fim da guerra comercial devem avançar nesta semana, tendo em vista a data limite de 15 de dezembro para um novo aumento de tarifas por parte de Washington contra os produtos chineses.
Pesquisa mensal do comércio e Copom
A quarta-feira (11) será agitada com a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que deve apontar uma avanço de 0,7%, e a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve anunciar um novo corte na taxa básica de juros (Selic).
Os dados devem confirmar as expectativas de um reaquecimento da economia local, puxada pelo avanço dos setores de consumo e serviços.
Boletim Focus
O Banco Central divulgou hoje, por meio do seu boletim focus, as expectativas do mercado para o próximo ano. Com o PIB do terceiro trimestre já avançando acima do esperado, as projeções para 2020 são de um crescimento de 2,24%, ante aos 2,20% da semana passada.
O índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) divulgado na semana passada registrou uma alta de 0,51% em relação ao mês anterior. Entretanto, analistas do mercado projetam que o impacto causado pelo aumento dos preços da alimentação e transporte são de curto prazo, e mantém a expectativa da inflação em 3,60% para 2020.
O mesmo ocorre para a taxa Selic, que deve se manter me 4,50% para o próximo ano.
Em relação ao dólar comercial, há a expectativa de que feche o ano cotada a R$ 4,15, contra os R$ 4,10 da semana passada. Em virtude dos recordes de alta intradiários, espera-se, para o ano que vem, que a moeda feche o ano a R$ 4,10.