ibovespa no vermelho

Ibovespa fecha no vermelho por atritos políticos e dólar mantém alta

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, terminou a sessão desta terça-feira (26) com baixa de 1,26%, totalizando 107.059,40 pontos.

A baixa pode ser explicada, por conta do cenário interno. Ontem (25), o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre uma possível taxação de dividendos e também disse que é natural o câmbio estar mais elevado em um cenário de taxa de juros mais baixa e menores gastos do governo.

Tais afirmações desanimaram a bolsa e, no fim da sessão de hoje (26), o ministro ainda fez declarações polêmicas e retomou ameaça do Ato Institucional de número 5 (AI-5), instrumento do período da ditadura militar que dava poderes autoritários ao presidente da república e estabeleceu a censura.

Dólar

Após fechar ontem (25) com sua nova máxima histórica de R$ 4,21, o dólar comercial renovou o recorde no fim do dia de hoje, cotado a R$ 4,2385 e alta de 0,588 %.

Hoje, 26, o Banco Central realizou um leilão à vista do dólar EUA. O lote mínimo foi de US$ 1.000.000,00 e a taxa de corte do leilão foi de R$ 4,2320.

As performances dos marcadores foram influenciadas pelos seguintes fatores:

Guerra comercial

Os índices dos EUA, Europa e Ásia amanheceram em queda nesta manhã, sem direção definida. As conversas por telefone entre os representantes comerciais de Estados Unidos e China não animaram os mercados pelo mundo. Não ficou claro se a “fase 1” dos acordos serão firmados até 15 de dezembro, quando passarão a vigorar novas tarifas sobre produtos chineses.

Novo partido

Está para ser julgado hoje (26) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a permissão para a coleta de assinaturas digitais para a formação do novo partido de Jair Bolsonaro. Mesmo com a autorização, problemas de custo e logística devem atrasar a criação formal do Aliança pelo Brasil, o que impediria a legenda de concorrer às eleições de 2020 para prefeito.

Juros baixos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (25), em entrevista em Washington, que o Brasil deverá se acostumar com um juros mais baixo e um câmbio mais alto daqui para frente.