O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, terminou a sessão desta sexta-feira (20) em baixa, após o Ministério de Economia projetar crescimento próximo a zero em 2020. Ao final de pregão volátil, as perdas foram de 1,85%, aos 67.069,36 pontos.
O dólar comercial encerrou o dia de negociações em baixa, registrando desvalorização de 1,50% ante o Real e cotado a R$ 5,027.
Ontem, o Banco Central anunciou acordo com o Federal Reserve para ampliar a oferta de dólares, com o objetivo de conter a depreciação da moeda brasileira em relação à divisa norte-americana .
Os mercados seguem em pânico com a epidemia do novo coronavírus. Na segunda-feira, o Ibovespa teve um circuit breaker logo no início da sessão. Ontem, a dose se repetiu no começo da tarde. A semana passada foi a pior desde 1997, com acionamento do mecanismo por 4 vezes.
Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve recuo de 1%. A Bolsa de Xangai encerrou o pregão com ganhos de 1,61%.
Na Europa, DAX 30 ganhava mais de 4%, enquanto o índice CAC 40 tinha alta de mais de 5%. O FTSE 100 subia mais de 1%.
Em Nova York, Dow Jones avançava quase 2%, S&P 500 tinha ganhos de mais de 1% e a Nasdaq subia mais de 2%.
Coronavírus
A pandemia do novo COVID-19 continua a avançar, mas os investidores parecem estar um pouco mais otimistas após os pacotes de estímulos de diversos BCs.
No Brasil, o número de casos passa de 400, com 6 mortes registradas. No mundo, são mais de 250 mil ocorrências, com os óbitos passando de 10 mil.
Medidas econômicas
Ontem o Banco Central da Inglaterra se juntou à lista de países que cortaram juros, na tentativa de estimular a economia, abalada pela crise com o COVID-19.
No Brasil, mais medidas foram anunciadas, como a antecipação do seguro-desemprego para quem tiver redução salarial ou de jornada. No Senado, pode ser aprovada hoje o reconhecimento de calamidade pública, que permite flexibilização de gastos em momentos delicados, como a da pandemia.
Tensão com a China
O Brasil entrou em contenda com China a partir de um tweet publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. O filho do presidente culpou a administração chinesa pela pandemia de coronavírus, e recebeu resposta do embaixador chinês no Brasil, que exigiu pedido de desculpas. O país asiático é um grande parceiro comercial do Brasil.