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Puxado por Petrobras, Ibovespa cai 1% com impaciência sobre acordo da Opep; dólar é cotado a R$ 5,09

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Após subir na manhã desta quinta-feira (09), o Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, assumiu viés de baixa no meio da tarde. Ao fim do dia, acumulou desvalorização de 1,2%, aos 77.681,94 pontos . A “virada” se deveu principalmente à queda dos papéis da Petrobras, em meio à expectativa sobre o desfecho ainda desconhecido da reunião da Opep+, a organização que reúne os maiores produtores mundiais de petróleo e seus aliados.

O dólar comercial, por sua vez, operou em baixa e era cotado a R$ 5,091 no fechamento, com queda de 1,02%.

O Ibovespa vem de uma semana positiva: com o otimismo sobre a estabilização do coronavírus na China e na Europa, as últimas três sessões foram de ganhos.

Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei 225 fechou com leve queda de 0,03%, enquanto o Shangai Composite subiu 0,37%.

Na Europa, DAX 30 ganhou 2,24% e o FTSE 100, 2,9%. CAC 40 fechou pregão com valorização de 1,44%.

Em Nova York, Dow Jones subiu 1,22%, S&P 500 ganhou 1,45% e Nasdaq teve leve valorização de 0,77%.

Coronavírus

A pandemia parece ter estabilizado na Europa — o que motivou ganhos nas bolsas nos últimos pregões, com o otimismo dos investidores. Por outro lado, os Estados Unidos bateram recorde de mortes em 24 horas:1.973.

No Brasil, são mais de 15 mil ocorrências da doença, com 800 mortos. Ao redor do globo, são mais de 1,5 mi pessoas afetadas pela doença, além de quase 90 mil óbitos.

OPEP

Hoje acontece a aguardada reunião da OPEP, com países produtores de petróleos, e que pode culminar em cortes de 10 a 15 milhões de barris ao dia (mbpd). Antes marcada para a última segunda-feira, a teleconferência visa resolver a situação de sobreoferta da commodity, que começou com um desentendimento entre Rússia e Arábia Saudita. Somado a isso, os preços de petróleo sofrem também a queda na demanda, ocasionada pelo isolamento social com a pandemia do novo coronavírus.

Desemprego nos EUA

Na manhã de hoje, os EUA divulgaram o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada: 6,606 milhões, acima do consenso Bloomberg, que estimava 5,5 milhões. Nas duas últimas semanas, houve recorde de solicitações, com 6,6 milhões e 3,3 milhões, o que mostra o tamanho do impacto da pandemia em uma das maiores economias do mundo.

Inflação

Também hoje o IBGE publicou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para março: 0,07%, contra 0,25% em fevereiro. Durante o mês, já houve turbulência por conta da pandemia, como o isolamento social.

Em Brasília

Em pronunciamento ontem, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que não interromperá as medidas de quarentena impostas por prefeitos e governadores. Antes, o presidente havia manifestado a intenção de acabar com o isolamento social via decreto. Ontem, no entanto, o líder do Executivo afirmou respeitar “a autonomia (dos governos locais)”. Além de arrefecer as tensões com o Legislativo por ora, o posicionamento de Bolsonaro pode abrir caminho para responsabilizar autoridades estaduais e municipais pelos estragos econômicos.